por Olavo de Carvalho
Não se deixem enganar por sinonímias ilusórias.
Termos como corrupção, decadência, esculhambação têm equivalentes em todas as línguas. Mas nomes de fatos e qualidades não vêm acompanhados dos respectivos índices quantitativos.
O que singulariza a desordem brasileira não se expressa em palavras, mas em números.
É a dimensão, o tamanho descomunal, inalcançável à imaginação da platéia estrangeira, cujo cérebro automaticamente rejeita a estranheza insuportável, reduzindo o fenômeno às proporções daquilo que conhece e achando que na sua terra tudo se passa como em Brasília e Catolé do Rocha.
Só a exposição detalhada permite captar a diferença. E aí não há como escapar à conclusão: somos insuperáveis.
Embora sob um aspecto ou outro possamos levar desvantagem, no conjunto a depravação nacional é um fenômeno inédito, incatalogável, sem similares na história do mundo.
Nenhuma nação jamais consentiu em tolerar o intolerável com aquele misto de indiferença búdica, amoralismo cínico e auto-satisfação masoquista que o Brasil chama de "normalidade institucional".
Mas algo me diz que nossos dias de glória estão contados.
Aqui e ali, aos poucos, vão despontando indícios de que certas condutas, antes julgadas inaceitáveis fora das nossas fronteiras, vão conquistando espaço nas sociedades ditas avançadas, aí encontrando a mesma receptividade cúmplice que tanto as fez prosperar no Brasil.
Na sua breve carreira de pré-candidato, o senhor Barack Obama já contou, comprovadamente, mais de 60 mentiras só sobre a sua biografia (excluídas as mentiras políticas).
Ele mente sobre suas origens, sobre sua família, sobre sua educação, sobre seus amigos, sobre o pastor da sua igreja.
Nenhum político faz isso. Todos são verazes nas miudezas para poder falsificar melhor o conjunto. Obama mente no atacado e no varejo, no todo e nos detalhes, até em detalhes óbvios que não levam meia hora para ser desmentidos.
Chamá-lo de mentiroso seria eufemismo. Ele é uma farsa total, uma palhaçada completa. É um intrujão desprezível que em situações normais alcançaria sucesso, no máximo, como locutor de rádio interiorana.
Sua simples candidatura – para não falar da possibilidade da sua eleição – mostra que a capacidade de julgamento do eleitorado americano desceu abaixo do nível do ridículo: está beirando o tragicômico.
Quanto mais se comprova que o sujeito é postiço, mais devotos se tornam os seus seguidores. Cada vez que ele é desmascarado, mais o aplaudem.
Já vão para 80% os democratas que juram votar nele. É um efeito que, até algum tempo atrás, só se observava num único país do mundo.
O bom e velho país dos otários que, para não dar o braço a torcer, fingem admirar o malandro que os engana.
enviada por Gracias a La Vida
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