Gil defende chá de ayahuasca como patrimônio cultural
O chá do Santo Daime é feito a partir do cipó de mariri e das folhas de chacrona.
As substâncias psicoativas das duas plantas podem produzir alucinações no usuário.
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, vai encaminhar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) processo para transformar o uso do chá de ayahuasca, feito a partir do cipó de mariri e das folhas de chacrona e que tem substâncias psicoativas, em patrimônio da cultura brasileira.
o uso do chá de ayahuasca como patrimônio cultural
"Neste caso, específico, acrescenta-se o afeto em relação à outra dimensão importantísssima para a vida, que é a natureza", acrescentou.
Gil endossou um pedido assinado por representantes de três troncos fundadores das doutrinas ayahuasqueiras: Alto Santo, Barquinha e União do Vegetal. O chá mais famoso feito do cipó e das folhas é usado em rituais do Santo Daime, uma corrente descendente do Alto Santo.
Apesar das propriedades alucinógenas, o uso do chá é permitido no Brasil para "ritos religiosos". O uso causa, segundo estudos científicos, alucinações, hipertensão, taquicardia, náuseas, vômitos e diarréia. Ayahuasca é palavra indígena que tem duas traduções em português: "corda dos mortos" ou "vinho dos mortos".
A proposta de reconhecer o chá tem apoio do governador do Acre, Binho Marques (PT), e da deputada Perpétua Almeira (PCdoB-AC).
A União do Vegetal promove, em Brasília, o II Congresso Internacional do Hoasca, entre 9 e 11 de maio. O objetivo é debater os últimos estudos realizados com o chá. O ministro da Cultura foi convidado para participar.
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