Além da carícia na vaidade do presidente Lula, os índices da última pesquisa do Instituto Sensus que confirma a seqüência ascendente da sua popularidade, é muito mais significativa como uma advertência, que soa com a sirena do alarme, para a oposição que se ocupa no tricô dos acertos para as eleições municipais de 5 de outubro.
Lula tem todos os motivos para estufar o peito e mexer as pedras seguindo a intuição do seu interesse e os rumos indicados pela sua sagacidade.
A impressionante popularidade presidencial, imune aos muitos golpes sofridos nos quatro anos do primeiro mandato e com o repique na turbulência de denúncia dos escândalos e contradições da reeleição, está propondo à oposição o desafio de analisar a evidência do fenômeno político e eleitoral deflagrado pela mudança do perfil da sociedade. Mas não pode ser minimizada a liderança popular do presidente e – goste-se ou não do estilo informal e nem sempre contido nos limites do tolerável – da eficiência da sua tática de cultivar a sua identificação com o povo, desafiando as críticas aos exageros da demagogia.
Entramos na ciranda eleitoral, no vale-tudo em que só o êxito interessa.
Ora, a cada salto nas pesquisa, os 50,4% que apóiam uma inviável emenda constitucional para arrombar a cancela e permitir que Lula dispute o terceiro mandato advertem a oposição para o profundidade do fosso que terá de saltar para disputar, com um mínimo de possibilidade, a eleição presidencial de outubro de 2010, para ocupar o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2011.
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