Fernando Collor de Mello, ex-presidente |
O ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) é lacônico quando comenta a história de que paira uma maldição sobre as cabeças daqueles que contribuíram ativamente para o seu impeachment, em 1992. “Sou uma pessoa que crê em Deus. Deus põe, Deus dispõe”, diz ele.
O fato é que, um a um, todos os principais protagonistas da investigação que desvendou o esquema de corrupção comandado por Paulo César Farias, ex-tesoureiro de Collor, acabaram passando por martírios – em alguns casos bem maiores que os do próprio ex-presidente.
É uma fieira de mortes trágicas, doenças graves, acidentes, cassações e reputações comprometidas. É daí que surgiu a idéia de uma “maldição do impeachment”.
A última vítima dessa praga parece ter sido o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias.
Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes durante o processo de impeachment, Lindberg foi o principal líder da “geração cara-pintada” que, vestida de preto, saiu às ruas pedindo a deposição de Collor.
Era o início de uma trajetória que pretendia galgar Lindberg à condição de jovem líder político.
Lula apostava alto nele como nova geração petista na qual se deveria investir. Colhido pelas denúncias publicadas por ISTOÉ, Lindberg agora responde a processo movido pelo Ministério Público.
Poderá ficar inelegível nas eleições de outubro.
No mínimo, será um dissabor grande para quem começou a política chamando Collor de “ladrão”.
A LISTA DOS ATINGIDOS
A trajetória trágica ou infeliz dos principais
protagonistas do processo de impeachment
LINDBERG FARIAS
Como presidente da UNE, foi o símbolo principal da geração cara-pintada, que saiu de preto às ruas para exigir o impeachment de Collor. Filiado ao PT, elegeu-se prefeito de Nova Iguaçu. Agora é investigado por suspeita de corrupção na prefeitura
RENAN CALHEIROS
Ex-líder de Collor na Câmara, Renan rompeu com ele durante a investigação do esquema. Em 2008 renunciou à presidência do Senado acusado de usar dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão à ex-amante
JOSÉ DIRCEU
Como deputado do PT, Dirceu foi um dos mais ativos parlamentares do impeachment. Chefe da Casa Civil de Lula, deixou o governo por envolvimento no escândalo do mensalão e foi cassado como o “chefe da quadrilha”
JOSÉ GENOINO NETO
Deputado federal e uma das principais lideranças do PT na Câmara. Eleito presidente do PT, envolveu-se no escândalo do mensalão. Renunciou à presidência, mas voltou à Câmara em 2006, embora com prestígio reduzido
BENITO GAMA
Eu, hen? Sai capeta!
1 comentários:
LindenbergFarias NÃO é do PT
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