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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Tarso Genro tenta intimidar o Supremo. Que os ministros resistam ao assédio moral!

O plenário do STF suspendeu, na semana passada, a operação da PF para a retirada dos não-índios da reserva.

Ao acatar liminarmente o pedido do governador José Anchieta Júnior (PMDB), contrário à homologação de forma contínua, os ministros iniciaram um debate sobre tal demarcação.


Tarso reiterou que a ação da PF e FNS (Força Nacional de Segurança) tinha o objetivo de proteger os cerca de 18 mil indígenas que vivem na região e não desalojar "seis" arrozeiros.


"O que se passou [para a opinião pública] foi que a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança estavam lá para desalojar arrozeiros produtivos e não para cumprir uma determinação legal para proteger a vida, a existência, a soberania e a sobrevivência de mais de 18 mil índios contra seis arrozeiros", disse o ministro.


No entanto, Tarso afirmou que a decisão do STF será obedecida, mas deu a entender que todos têm o direito de discordar mesmo quando a ordem vem da Suprema Corte.


"A decisão do Supremo Tribunal Federal é importante e vai ser respeitada. O Supremo Tribunal Federal dita a interpretação da Constituição seja ela qual for, todos nós estamos subordinados, mas temos o direito de dizer e de explicar à população o que Polícia Federal estava fazendo lá", disse o ministro.
Disney Rossetti
da Folha Online

O ministro se opõe às conceituações que divergem da vontade oficial. Sua tese — afinal, há uma — é típica das mentes e dos regimes totalitários.

Haveria uma verdade histórica, de que ele próprio, como representante do poder, é mandatário e condutor, e haveria o mundo dos “outros”, dos não-alinhados, que estão apenas fazendo a guerra contra aqueles que comandam a transformação do mundo.

Estes “outros”, essencialmente mentirosos, estão se opondo, de fato, ao Bem.

E, já que encarnam o Mal, devem ser banidos.

Não dando para fuzilar, segundo o método consagrado pelas esquerdas, então que sejam desmoralizados.


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