A reunião da oposição ontem em São Paulo mostrou que, por razões inteiramente distintas, Planalto e oposição estão concordando em não mexer nas regras eleitorais. Quem diria...
Do lado da oposição, há muito tempo Fernando Henrique alerta para o risco. Extinguir a reeleição e adotar mandato de cinco anos pode agradar a José Serra e Aécio Neves, organizando a fila tucana, mas abre caminho para o presidente Lula tentar o terceiro mandato já em 2010 – e com grandes chances de vitória.
Do lado do Planalto, começa-se a construir um raciocínio muito semelhante, pelo menos nas premissas. Adotar os cinco anos sem reeleição é organizar a fila para o PSDB, entregando de bandeja uma solução que agrada a José Serra e Aécio Neves.
Com cinco anos, se conseguir o terceiro mandato – o que não é nada simples, do ponto de vista constitucional – o presidente Lula deixa o poder em 2015 ou 2016 (se houver prorrogação de um ano).
No entanto, a permanecerem as regras atuais – quatro anos com uma reeleição –, Lula deixa o cargo em 2010 e volta em 2014, sendo reeleito em 2018. Portanto, deixaria a Presidência da República em 2022. Bom à beça.
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