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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paraguai retira embaixador em Caracas e declara venezuelano persona non grata



"persona non grata"

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, foi flagrado em um encontro com altos militares paraguaios pouco antes da destituição do então presidente Fernando Lugo
Cresce a pressão para que Franco expulse os adidos militares da Venezuela e Equador



Efe
A ministra María Liz García apresenta vídeos em que Maduro aparece com militares paraguaios

ASSUNÇÃO - O novo governo do Paraguai anunciou nesta quarta-feira, 4, a retirada de seu embaixador na Venezuela e declarou o chefe da missão de Caracas em Assunção persona non grata.

As medidas vieram após Assunção divulgar um vídeo no qual o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, aparece entrando em uma reunião com a cúpula militar paraguaia horas antes da destituição do presidente Fernando Lugo, no dia 22. Segundo paraguaios, Maduro tentou convencer os militares a não acatarem o impeachment de Lugo.

O novo presidente paraguaio, Federico Franco, convocou hoje uma reunião com a cúpula das Forças Armadas. No Congresso, cresce a pressão para que Franco expulse do Paraguai os adidos militares da Venezuela e Equador, cujo embaixador também teria participado da reunião com Maduro.

A gravação havia sido divulgada pela ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, sob ordens do presidente. Os dois reuniram-se ontem no palácio presidencial, com os chefes das três armas das forças paraguaias.

A Comissão de Relações Exteriores do Senado paraguaio deve votar hoje um texto pedindo a expulsão dos adidos militares venezuelanos e equatorianos.

A palavra final, porém, será do governo Franco.

O projeto apresentado pelos senadores solicita ainda que o chanceler venezuelano, o embaixador equatoriano e o ex-presidente Fernando Lugo sejam julgados por incitar a sublevação nas Forças Armadas do Paraguai. Congressistas querem também que Franco retire o embaixador paraguaio em Caracas, Augusto Ocampos Caballero, e exija o fim da suspensão do Mercosul e Unasul.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi um dos primeiros a qualificar de "golpe" a destituição de Lugo. Em seguida, ordenou a suspensão da venda de petróleo ao Paraguai.

Mais uma vez

Advogados de Lugo anunciaram também na quarta-feira que apresentariam mais um pedido à Suprema Corte para que a destituição do dia 22 seja revertida.

O tribunal, no entanto, já anunciou duas vezes que não há inconstitucionalidade na decisão do Congresso e analistas duvidam que os ministros do Judiciário mudem de opinião.

Lugo foi deposto com apoio de 76 dos 80 deputados e 39 dos 45 senadores do Paraguai. Partidários do ex-presidente e governos sul-americanos questionam a legitimidade da decisão: Lugo teve menos de 36 horas para se defender.
04 de julho de 2012


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