Por Augusto Nunes
Em 12 de julho de 1994, dias depois do parto do Plano Real, o economista Guido Mantega publicou na Folha de S. Paulo um artigo sobre o recém-nascido.
Teria vida breve, garantiu o autor.
Mas provocaria um desastre de tal porte que o Brasil demoraria algumas décadas para sair da UTI.
Vale a pena ler de novo a análise reproduzida na seção O País Quer Saber.
É coisa para se guardar o texto de 648 palavras.
São 648 provas contundentes da indigência mental do ministro escalado por Dilma Rousseff para enfrentar a crise econômica cujas dimensões só agora o governo se dispôs a enxergar.
Mantega já desconfia que, durante quatro anos, enxergou uma marolinha que só existiu na cabeça de Lula.
O mundo inteiro sempre viu com clareza as dimensões do tsunami.
O Plano Real acaba de completar 18 anos esbanjando saúde.
Até agora, o autor do besteirol publicado em 1994 não pediu desculpas pelas sandices que escreveu, não se declarou envergonhado com o papel de Cassandra sem neurônios nem juízo, não pediu perdão aos leitores que tentou iludir com truques de picadeiro.
Pode-se deduzir que continua convencido de o melhor caminho para acabar com a inflação é a trilha riscada à beirra do penhasco.
Dilma anda assustada com o emagrecimento da indústria, com os soluços inflacionários, com o raquitismo do PIB.
E já suspeita que as nuvens escuras vão ficar mais densas.
O que será do Brasil se a presidente resolver enfrentar o perigo com um Plano Mantega?
Oremos.06/07/2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Leia a análise do atual ministro da Fazenda sobre o recém-nascido Plano Real.
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