Conhecido como "partícula de Deus", o bóson de Higgs é uma peça chave para entender a formação do Universo
REDAÇÃO ÉPOCA
COM AGÊNCIA EFE
Imagem mostra uma colisão de átomos que permitiu aos cientistas descobrir uma nova partícula com características condizentes com o "bóson de Higgs".
(Foto: Cern/Efe)
O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou, nesta quarta-feira (4), a descoberta de uma partícula subatômica inédita que pode ser o bóson de Higgs, conhecido como “partícula de Deus”, chave para entender a formação do Universo.
A nova partícula, que havia sido prevista em teorias da física, mas nunca tinha sido detectada, tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas ainda serão feitos outros estudos para confirmar a descoberta.
Segundo a teoria, essa partícula garante a massa de todas as outras partículas existentes e é central na explicação do Universo.
A teoria do Bóson de Higgs foi proposta na década de 1960 pelo físico britânico Peter Higgs.
Segundo ele, um campo de energia seria responsável por dar massa às partículas.
Quanto mais as partículas interagissem com esse campo, mais massa elas ganhariam.
Se elas não interagissem, não teriam massa nenhuma.
Isso explicaria porque algumas partículas têm massa e outras não. Esse campo de energia se manifestaria nos bóson de Higgs.
Embora a teoria tenha sido aprovada por cientistas do mundo todo, o bóson de Higgs nunca havia sido descoberto.
Em 1993, ele recebeu o apelido de "partícula de Deus" depois que o físico americano Leon Lederman, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1988 por seu trabalo com neutrinos, publicou o livro The god's particle ("A partícula de Deus", em inglês), explicando seu funcionamento.
O Grande Colisor de Hádrons (LHC, da sigla em inglês), um túnel de 27 quilômetros situado embaixo da Terra, entre a França e a Suíça, foi construído para tentar encontrar a partícula. Atómos são jogados uns contra os outros a altíssimas velocidades.
O que sobra do impacto é analisado pelos cientistas. Em uma dessas pesquisas, as equipes do Atlas e do CMS, grupos que buscam a partícula, descobriram o que deve ser o Bóson de Higgs.
O diretor-geral do CERN, Rolf Heuer, afirmou que a descoberta é um avanço "histórico", chave para entender a formação do Universo, mas disse que ainda resta muito trabalho a ser feito.
"A descoberta de uma partícula consistente com o Bosón de Higgs abre o caminho para estudos mais detalhados, mas requer maiores estatísticas para esquadrinhar as propriedades da nova partícula. Além disso, é provável que jogue uma luz sobre outros mistérios do Universo".
Os responsáveis do CERN decidiram ontem prolongar o funcionamento do LHC durante mais três meses para recolher uma maior quantidade de dados e poder analisar as propriedades da nova partícula com mais detalhe e precisão.
O Colisor de Hádrons deveria ser desligado no terceiro trimestre deste ano, mas agora seguirá pelo menos até o final de 2012 para tentar confirmar com toda certeza a descoberta do Bosón de Higgs.
04/07/2012
sábado, 7 de julho de 2012
Cientistas descobrem partícula subatômica que pode ser o "Bóson de Higgs"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário