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Podem vir à tona, na CPI do Cachoeira,
gravíssimas revelações sobre as secretas conexões de negócios e
movimentação de dinheiro que a cúpula petista e seus aliados mais
próximos (principalmente do PMDB) promovem entre Brasil, Angola, Paris e
arredores
Por Jorge Serrão
Transações financeiras bilionárias e ilegais da construtora Delta, com pagamentos (também fora da lei) para deputados, senadores, governadores e outros políticos menos votados, podem ser denunciados por um ex-funcionário da empreiteira de Fernando Cavendish, que foi ameaçado de morte e pretende se vingar, contando tudo que sabe à CPI que Luiz Inácio Lula da Silva se arrepende, amargamente, de ter forçado a barra para ajudar a criar.
A petralhada e seus comparsas em esquemas escusos também tremem de medo com uma possível vingança de Carlinhos Cachoeira.
Preso há 128 dias, nem o genial e influente advogado Márcio Thomaz Bastos consegue emplacar recursos para libertá-lo.
Cansado de ficar na cadeia, deprimido, perdendo peso e ficando doente, o empresário é um arquivo-vivo, pronto para comprometer gente muito importante, caso corra o risco de ser o único punido no escândalo que faz o impune mensalão parecer um roubo de galinhas.
Usando sua simpática, jovem e bela mulher como porta-voz, Cachoeira “pediu para falar para o Brasil que ele tem o que dizer”.
Os segredos da conexão Brasil-Angola-Paris – que podem envolver companheiros e aliados de Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Sérgio Cabral Filho - também podem ser revelados pelo Banco Central do Brasil.
O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, corre o risco de ser convocado pela CPI para explicar, oficialmente, como a construtora Delta teria feito o milagre econômico de movimentar altas somas em dinheiro, incompatíveis com a faturamento da empreiteira, entre os anos de 2002 e 2012.
Antes de se tornar a super-empreiteira do PAC de Lula e Dilma, desde 2002, a Delta tinha negócios de R$ 450 milhões com o governo de Sérgio Cabral no Estado do Rio de Janeiro.
Além do BC do B, três personagens teriam a “memória de cálculo” da gigantesca movimentação de dinheiro operada pela Delta: Carlinhos Cachoeira, o seu contador Geovani Pereira da Silva e, agora, um ex-empregado da Delta, ameaçado de morte.
Muito curioso – ou sintomático – é que o tesoureiro do esquema de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, seja o único foragido da Operação Monte Carlo, o contador de Cachoeira seria o elo financeiro do “clube” com os políticos.
Caso reapareça vivo, Geovani deverá receber o convite de uma delação premiada para explicar como o bicheiro Carlinhos Cachoeira usou duas empresas de fachada — a Brava Construções e a Alberto & Pantoja — para movimentar R$ 39 milhões, entre 2010 e 2011, liberando os mensalões para os parceiros.
A Delta era a principal empresa do PAC, cuja mãe é a Presidenta Dilma e o padrasto, lógico, era Luiz Inácio Lula da Silva.
Engraçado é como só Cachoeira apareça como o “filho da mãe” de uma grande famiglia mafiosa...
Investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, reuniram provas objetivas de que o caixa da Delta Construções no Rio de Janeiro abastecia empresas de fachada do esquema de Carlinhos Cachoeira, usando “laranjas” – pessoas aparentemente inocentes que nem sabiam de nada ou não levaram dinheiro do esquema mafioso.
Caso Carlinhos Cachoeira resolva romper seu silêncio forçado, dedurando aliados que agora não lhe dão ajuda no momento crítico, o defensor de honra dos ilustres petistas, criminalista Márcio Thomaz Bastos, terá de trabalhar mais que Hércules para livrar a barra dos implicados no escândalo – cujos nomes ainda não vieram à tona das águas turvas e fétidas do Delta da Cachoeira (um ponto geográfico imaginário onde se centraliza o Governo do Crime Organizado).
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