Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Diz-me com quem andas...


Designação de Amorim tem a mão de Lula — e traz parte do pior da herança do ex-presidente

 

Lula, Chavez e Celso Amorim:
diz-me com quem andas...


Amigos, meu amigo e colega Lauro Jardim, titular do Radar On-line, que sabe tudo, foi quem primeiro noticiou a possibilidade de o ex-chanceler Celso Amorim substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa.

E é o Lauro quem informa: Amorim é mais um ministro da “quota de Lula” no ministério da presidente Dilma.

Ou seja, esqueçam a figura da presidente como executiva resoluta, que decide de imediato diante de uma crise, como a causada pelas sucessivas declarações desastradas de Jobim.

A nomeação só se deu com rapidez porque não foi ela quem decidiu.

É compreensível, dentro de uma relação criador-criatura, mas também uma pena que a presidente não consiga espaço para fazer seu governo com mais liberdade.

Sobretudo ao trazer de volta ao primeiro plano das decisões a figura apagada, pequena e daninha do ex-chanceler do lulalato, o bajulador que o jornalista Elio Gaspari não nos deixa esquecer que um dia chamou Lula de “o nosso guia”.

Amorim foi um dos formuladores, e o principal executor, de uma política externa que com frequência envergonhou os brasileiros de bem, com gestos como o de tratar com tapete vermelho e receber com festa um pária internacional como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad — cujos planos nucleares são vistos como uma ameaça pelas principais nações do Ocidente, e cuja negação do Holocausto o torna especialmente digno de repulsa.

Essa política aplicou frequentes caneladas nos Estados Unidos e em países europeus com os quais o Brasil tradicionalmente se alinhou e manteve intensas relações comerciais, passou a mão na cabeça de ditadores africanos, absteve-se de forma vergonhosa de votar em sucessivas condenações da comunidade internacional a violações de direitos humanos por parte de países como o Sudão, Cuba, a Síria e o Irã, ficou em cima do muro quando a ONU tratou de apurar o assassinato do primeiro-ministro do Líbano Rafic Hariri, no qual a ditadura síria está implicada, e manteve relações calorosas com regimes detestáveis, como o de Cuba dos irmãos Castro e da Venezuela de Hugo Chávez.

A nomeação de Amorim para um ministério importante como o da Defesa não indica apenas uma rendição da presidente Dilma aos desejos de seu antecessor e mentor: significa trazer ao grande palco da política nacional parte do que de pior existe na herança de Lula.
Leia no site de VEJA mais sobre a gestão de Amorim.
04/08/2011

0 comentários: