Parecia que Jobim ou testava o governo ou queria ir embora.
É bem significativo que tenha sido rapidíssima a última conversa com a presidente.
É bem significativo que tenha sido rapidíssima a última conversa com a presidente.
É chavão, mas que cabe perfeitamente: Nelson Jobim morreu pela boca. Primeiro, disse que votou em Serra e não em Dilma. Foi ao Palácio se explicar e Dilma aceitou. Afinal, Lula sabia da ligação de Jobim com Serra quando o chamou para ser ministro da Defesa em pleno caos aéreo, em 2007.
Aquela referência sobre conviver com idiotas, feita em discurso nos 80 anos de Fernando Henrique, muita gente interpretou que se referia ao ambiente no governo. Depois, falando sobre a administração do sigilo de documentos, afirmou que o governo fizera trapalhadas.
Por fim, essas últimas referências às ministras bem próximas à presidente, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti. O ex-presidente da República, José Sarney, quis ironizar dizendo que a ministra Ideli, ao contrário de ser “fraquinha”, é bem gordinha. Piorou ao infinito.
Enfim, parecia que Jobim ou testava o governo ou queria ir embora. É bem significativo que tenha sido rapidíssima a última conversa com a presidente. Dizem que foram sumários três minutos.
Jobim foi o ministro da Defesa que mais durou: quatro anos, o tamanho de um mandato presidencial. Os militares da ativa gostaram dele; os da reserva, nem tanto.
O menos aceito dos ministros da Defesa foi José Viegas, diplomata como Celso Amorim.
Nelson Jobim gostava de usar um uniforme camuflado, grande o suficiente para caber no seu mais de 1,90m. Celso Amorim tem cerca de um 1,70m. Um uniforme como o de Jobim não vai servir para ele.
05/08/2011
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