O modelo de debate a que assistimos ontem está completamente falido.
Afinal, vi e ouvi a candidata Dilma fazer diversas afirmações absolutamente inverídicas ou inconsistentes, e não houve condições nem tempo hábil para que seus adversários a contestassem.
Querem exemplos?
Com relação à crítica feita por Serra de que o governo Lula não investiu em infraestrutura, Dilma respondeu que em relação às estradas federais muito foi feito e que estão sendo duplicadas
( acreditem!); que os portos estão sendo dragados , o que - no seu entender - deve valer por modernizados e ampliados (ouvi direito???); que o atual governo aumentou o controle de nossas fronteiras (é brincadeira?) ...e arrematando, Dilma disse que o problema do crack já está sendo trabalhado (isso é um desrespeito à nossa inteligência).
O uso do crack tomou proporções epidêmicas durante este governo sendo que o Brasil não produz nem uma grama de cocaína.
Ela é quase toda "importada" da Bolívia, tendo o presidente-hermano Evo Morales já afirmado que a produção de folhas de coca é vital para a economia daquele país.
O "rígido controle" de nossas fronteiras é que permitiu que os jovens brasileiros dinamizassem a economia boliviana através do uso do crack... chegam a dar suas vidas pela saúde da economia da Bolivia!
Isso é que é ajudar um país irmão...!
Será que tantas regras para os debates não foram produzidas para isso mesmo - para impedir contestação?
Dessa forma cada um fala o que quer, e acredite quem quiser ou puder!
Mara Montezuma Assaf
Plinio Arruda também incentivou as invasões de terra, alegando a demora do INCRA decidir pelas desapropriações e ainda convocou os invasores, a quem denominou "gente do campo", a continuarem as invasões.
O PSOL é muito amigo de Chavez.
Volta e meia algum deles visita a Venezuela, inclusive Heloisa Helena.
Agora, menos escancarado, estão fazendo na surdina.
Sueli Guerra
Foi bom o Plinio de Arruda Sampaio ter dito, sem rodeios, que a questão da igualdade é o ponto central do debate.
Os outros poderiam ter contestado vigorosamente, por exemplo, indagando se ele deseja a igualdade completa entre todos os homens com a abolição de todas as classes sociais como em Cuba?
Uma excelente ocasião para levar o debate para temas ideológicos como invasões do MST, aproximação com ditadores, impostos sufocantes para depauperar a propriedade etc, etc...
Ou seja, ele deu uma chance de ouro e ninguém aproveitou para contestar.
Talvez, por causa das tais regras falidas, de que fala a Mara, acima.
Poderia ter sido contestado veementemente com a defesa das desigualdades sociais legítimas, harmônicas e proporcionais como sendo um bem, pois os homens são desiguais e por isso é legitimo a desigualdade de fortuna, de inteligência, de capacidade, etc, etc.
Deperdiçou muitas oportunidades para levar o debate para o campo ideológico.
São estas questões ideológicas que diferenciam um candidato do outro e o eleitorado!
Concordo com a Mara: era um debate cujas regras não permitiam falar de assuntos importantes para o Brasil.
De qualquer maneira, o Serra saiu-se muito melhor do que os outros!
Diogo CW
August 06, 2010
August 06, 2010
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