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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

FIM DO MUNDO?

por RIVADAVIA ROSA

PAPO DE FIM DE MUNDO É ISSO.

Em todas as épocas de crise (que pode ser apenas um sinal de mudança profunda) – as criaturas se apegam as mais diferentes teorias como tábuas de salvação.

E salve-se quem puder - demência das massas ou sabedoria coletiva?


O FIM DO MUNDO – na teoria freudiana – nomeia a catástrofe narcisista pela qual o sujeito retira sua libido dos objetos e volta ao seu eu.
A SHOAH (holocausto - catástrofe) - definiu o fim do mundo tal como o conhecemos.

Assim podemos estar no paraíso sem o saber, se consideramos os precedentes de desumanidade.
na crise generalizada como a que vivemos – parece que a ordem, a inteligência ou consciência que se encontra por trás da infinita matriz da realidade – se obscure e, muitos ficam esperando por um castigo, no caso de um deus julgador, seguido da salvação para os puros.

NO ÂMBITO SOCIOPOLITICO – surgem os planos, as conspirações de dominação mundial ou as profecias apocalípticas de fim do mundo – como se houvesse um determinismo, um propósito pré determinado – um planejamento dos eventos humanos, dos fenômenos, do mundo para a dominação/escravização do homem.

As seitas, sociedades secretas, clubes e organizações de todo o tipo – surgem espontaneamente como líderes desse propósito e, até os ateístas acreditam.
com esse desiderato – tudo o que ocorre seria resultado de uma causa teleológica inexorável, especialmente nos que acreditam num deus pessoal que viria para castigar os ímpios e premiar os puros.

NESSE PONTO DE VISTA – a criatura humana – teria sido concebida de uma forma fatalista, a despeito da metafísica, das religiões e do misticismo.
O propósito como atributo humano seria aniquilado – ou seja - um fim ou objetivo a ser alcançado, bem como o desejo e imaginação; e, por conseguinte o de conceber meios para alcançar qualquer fim, de tal modo que a satisfação física, mental ou emocional, a ser produzida por certo empreendimento, como uma forma de ação e realização pessoal perderia sentido.

Prevaleceria o coletivo.


TEMOS AÍ - o novo homem/nuevo hombre - em busca de um novo paternalismo – ou um novo deus – que lhe daria atenção pessoal para seu bem-estar, eliminando os sofrimentos, as atribulações, especialmente os que têm que trabalhar no dia a dia para ganhar o pão com o suor de seu rosto – que não lhe serviria como serviu por muito tempo e muito bem (para alguns) como desculpa ou muleta para os infortúnios pessoais.

Os novos templos estão abrindo as portas...


PORÉM PARA OS QUE ACREDITAM – com ou sem muita fé - que a FELICIDADE é estar em HARMONIA com os vários aspectos de seu SER – físico, mental, emocional ou psíquico, e até com o Planeta – mas estão em dúvida e já não se lembram mais dos ensinamentos do Mestre da Vida, da Verdade e do Amor - ElIas Canetti - em Massa e Poder (São Paulo: Cia. das Letras, 2008) – clássico do tratamento de choque das falsas utopias capazes de envenenar as massas com promessas/profecias de libertação - elabora uma profunda análise sobre a conduta dos seres humanos desde o ponto de vista antropológico, etno-sociológico e mítico – detonando as correntes como o marxismo, a psicanálise e o estruturalismo – cujas falácias - lamentavelmente continuam vigentes nos dias atuais, pode desvelar um pouco do véu que encobre a realidade.

MEMÓRIA DO ÓBVIO:
“O homem é o verdadeiro criador de seu destino. Quando não está convencido disso, não é nada na vida.” Gustave Le bom, sociólogo francês.

"Se ele sempre fala de virtude, então é um depravado; fala constantemente de religião, então o é extremamente." “Acredite em milagres, mas não dependa deles.”IMMANUEL KANT (1724-1804)

Abs RR

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