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terça-feira, 31 de julho de 2012

Saída oficial de Bastos do caso Cachoeira não deixa de colaborar com mensaleiros





Os mensaleiros certamente se sentiram um tantinho mais aliviados com a saída, oficial ao menos, de Márcio Thomaz Bastos do caso Cachoeira.

Por quê?

Por Reinaldo Azevedo

O ex-ministro da Justiça, petista de quatro costados, é, assim, o Grande Espírito que anima os defensores dos réus, certo?

Oficialmente ao menos, foi ele quem inventou a tese de que tudo é crime eleitoral, como se a destinação do dinheiro — o “depois” — alterasse a natureza dos crimes cometidos para conseguir a grana — o “antes”. E os crimes que importam (e dos quais os réus são acusados) são aqueles cometidos no “antes”, certo?

Imaginem Bastos como o grande espírito da Defesa dos mensaleiros, a fazer a sua sustentação oral no Supremo, à qual se dará grande importância, com a audiência sabendo que advoga também para Cachoeira, hoje a Geni do Brasil. O cérebro humano é, às vezes, simples e objetivo: “Os mensaleiros são tão inocentes quanto Cachoeira…”

Assim, temos um Bastos que, ao abandonar o cliente, vê crescer a sua fama de advogado ético, o que pode colaborar para a causa mais importante: a dos mensaleiros. Nota à margem: a tese do crime eleitoral, na origem, não é de Bastos, não, mas de outro advogado, que também atua no caso. O autor não quer saber de reivindicar a paternidade, o que Bastos faz sem problema.

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