Por JUREMA CAPPELLETTI
Depois de L.I. ameaçar jornais e revistas com uma possível vitória de sua candidata nas urnas, o PT está divulgando um ato contra a imprensa, nesta quinta-feira. O convite contra a imprensa, segundo dizem eles, é ... pela democracia.
Participantes do ato (ou desatino?): centrais sindicais, partidos governistas e movimentos sociais, CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST, UNE e "blogueiros progressistas", políticos de PT, PCdoB, PSB e PDT, todos partidos da coligação da candidata de L.I..
Diz o convite que a imprensa pretende ‘destruir a democracia’. "Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservado, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada". Ser barrada!
De acordo com a "opinião pública", ou melhor, com a opinião de L.I. - mostrar as falcatruas de seu governo e aprochegados é golpismo. L.I. e sua candidata usam e abusam da palavra democracia, de forma enjoativa. Ele sabe que a palavra democracia impressiona o povo pobre, mesmo desconhecendo exatamente seu significado.
Se conhecessem, L.I. não cometeria a asneira de "lutar contra a liberdade de expressão... em defesa da democracia".
As frases do ‘democrata’ L.I. contra
a liberdade de expressão:
a liberdade de expressão:
“A vitória de Dilma Rousseff na eleição significará também a derrota da imprensa.”
"Nós não vamos derrotar apenas os nosso adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem um partido político".
"O povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião. NÓS somos a opinião pública".
Poderiam alegar que as duas primeiras frases foram mal entendidas. A intenção do democrata seria dizer que seu partido continuou no governo mesmo com a imprensa ‘sendo contra ‘(?). Mas dizer que NÓS SOMOS A OPINIÃO PÚBLICA não deixa dúvida alguma.
COMENTÁRIO
Dr. RIVADAVIA ROSA
Dr. RIVADAVIA ROSA
Segundo o ‘manual’ - GRAMSCI (Antonio Gramsci (1891-1937), o Estado é composto por aparelhos dominantes repressivos, tendo em vista que esta instituição política é detentora de forças coercitivas como o exército, a polícia, a magistratura e de uma estrutura burocrática que elabora a legislação e garante sua aplicação. Essas instituições estatais, juntamente com as escolas, igrejas, partidos políticos, sindicatos, associações, meios de comunicação, (denominados aparelhos ideológicos), asseguram o exercício da hegemonia de uma classe social. Nesse contexto, a luta ideológica enquanto uma das dimensões da filosofia da praxis, pensada estrategicamente pelos intelectuais (orgânicos) da classe operária é o caminho para quebrar o bloco ideológico da burguesia e constituir um novo bloco histórico).
Estará tudo ‘dominado’ quando a hegemonia se efetivar ‘produzindo’ uma consciência (de classe) que assegure a adesão e o consentimento das grandes massas (in) conscientemente.
Assim opera o domínio total, sem medida de comparação histórica senão pelo processo novilingüístico (George Orwell, 1984): de um lado, a encenação do espetáculo virtual da ‘boa democracia’, dotada de uma Constituição, de um Parlamento e demais poderes da República, porém, sustentado por toda sorte de movimentos 'sociais', ONGs, para facilitar o desvio dos recursos públicos, como 'exército marginal da reserva', para promover invasões, esbulhos, terrorismo político, assim como organismos burocráticos de todo tipo, sindicais e associativos, que simulam a racionalidade e a 'defesa da democracia e da Constituição'; a eficácia onde reina a negligência econômica; a sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada e o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação, o histrionismo símio, a demagogia, o neopopulismo, o arbítrio, a repressão e toda sorte de mistificação e fraude e, claro tudo isso com muita propaganda, apoio da mídia e dos intelectuais ‘orgânicos.
Estará tudo ‘dominado’ quando a hegemonia se efetivar ‘produzindo’ uma consciência (de classe) que assegure a adesão e o consentimento das grandes massas (in) conscientemente.
Assim opera o domínio total, sem medida de comparação histórica senão pelo processo novilingüístico (George Orwell, 1984): de um lado, a encenação do espetáculo virtual da ‘boa democracia’, dotada de uma Constituição, de um Parlamento e demais poderes da República, porém, sustentado por toda sorte de movimentos 'sociais', ONGs, para facilitar o desvio dos recursos públicos, como 'exército marginal da reserva', para promover invasões, esbulhos, terrorismo político, assim como organismos burocráticos de todo tipo, sindicais e associativos, que simulam a racionalidade e a 'defesa da democracia e da Constituição'; a eficácia onde reina a negligência econômica; a sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada e o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação, o histrionismo símio, a demagogia, o neopopulismo, o arbítrio, a repressão e toda sorte de mistificação e fraude e, claro tudo isso com muita propaganda, apoio da mídia e dos intelectuais ‘orgânicos.
A alucinação já fez L.I. perder os limites
e a noção de lógica há muito tempo.
e a noção de lógica há muito tempo.
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