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sábado, 25 de setembro de 2010

A eleição em São Paulo e as pesquisas que caminham para a desmoralização


Por Reinaldo Azevedo
Ontem, o Datafolha divulgou números sobre a disputa eleitoral em São Paulo, com entrevistas realizadas no dias 21 e 22: o tucano Geraldo Alckmin aparece com 51% das intenções de voto, e o petista Aloizio Mercadante, com 23%.

Hoje, com levantamento feito entre 21 e 23, o Ibope vê o tucano com 48%, e o petista, com 26%.

Huuummm…

Margem de erro pra lá e cá, pode-se dizer que a variação é possível.

Num eventual segundo turno, 55% a 30%.

O Vox Populi, aquele, também resolveu dar os seus números: 28% para o senador do PT (notem que poderia se encontrar com a margem de erro do Ibope, que se encontra com a do Datafolha) e, atenção!, 40% para o ex-governador.

As pessoas foram entrevistadas entre os dias 18 e 21.

Que fabuloso!

O Vox Populi divulga depois uma pesquisa que fez antes e que permitirá a seu marqueteiro sustentar no horário eleitoral:

“Olhem o segundo turno aí…”

Quando se trata do candidato do PP, Celso Russomano, aí todos eles concordam: 9% no Datafolha e no Vox Populi e 8% no Ibope.

São Paulo tem 30,3 milhões de eleitores.

Qual é o objetivo de uma pesquisa?

A partir de uma amostragem, descobrir qual é a tendência do todo.

Sei:

- no Datafolha, 15,453 milhões de eleitores votam em Alckmin;
- no Ibope, eles seriam 14,544 milhões;
- no Box Populi, apenas 12,12 milhões

Entre um extremo e outro, a ninharia de 3,3 milhões de eleitores.

Mas atenção!

Todos seguem os mais rigorosos critérios científicos.

Vamos esperar as urnas. Certamente voltaremos a essa questão.

O tema está se tornando uma das peças da ridicularia política brasileira — que conseguiu desmoralizar isso também.

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