Por Gustavo Porto, no Estadão Online:
O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, minimizou hoje o impacto de um eventual crescimento da candidatura de Marina Silva (PV) na reta final da campanha, que pode levar a disputa para o segundo turno. “Ninguém está aí para ajudar o outro e eu jamais cometeria qualquer tipo de desrespeito contra eles (outros candidatos), pois todos terão a chance de disputar. E cada um está aí para ganhar”, disse Serra, durante visita a cidade de Santo Carlos, no interior paulista. Na última pesquisa DataFolha, divulgada ontem, Marina subiu de 11% das intenções de voto para 13%, com margem de erro de dois pontos porcentuais.
Serra classificou como “factóide” o manifesto divulgado por uma ala do PMDB de São Paulo, que apoia o PSDB no Estado, a favor de sua adversária, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). “Isso é um factóide para a imprensa pegar e não tem importância eleitoral nenhuma”, afirmou o tucano.
O candidato também se disse contrário ao pedido feito hoje pelo PT ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que o eleitor não tenha de apresentar obrigatoriamente o título e um documento oficial com foto para votar. “A lei é lei. Acho importante ter a foto”, afirmou Serra.
Ao comentar o ato de protesto contra a cobertura das eleições feita pela imprensa, Serra subiu o tom, dizendo que era uma tentativa de se fazer “a ditadura sobre a imprensa”. “Esse pessoal não quer liberdade de imprensa para não denunciar as maracutaias, as irregularidades e a Bolsa-Família da Erenice”, afirmou ele, ao referir-se as denúncias de irregularidades que levaram a demissão da ex-ministra Erenice Guerra do comando da Casa Civil.
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