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sábado, 25 de setembro de 2010

NETINHO DE PAULA deve 790 MILHÕES para a UNIÃO

Mais um patriota

ONG fundada por Netinho de Paula deve mais de R$ 790 mil para a União


Foto de Netinho acompanhado de
Marisa Letícia - esposa de Lula

Foto de Netinho junto com a elite do PT

Netinho apoia DILMA - alguma surpresa?

Por André Mascarenhas e Julia Duailibi
Estadão Online


O Instituto Casa da Gente, ONG fundada pelo candidato ao Senado por São Paulo Netinho de Paula (PCdoB), está sendo cobrado a ressarcir mais de R$ 790 mil aos cofres públicos por inadimplência em convênios firmados com o governo federal, a partir de 2003.

O dinheiro foi liberado após parcerias firmadas por Netinho com o Ministério do Esporte, dirigido pelo seu próprio partido, e o Ministério da Cultura.

Um terceiro convênio, também inadimplente, foi assinado por outro integrante do Instituto Casa da Gente, José Eduardo de Paula Júnior, com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), cuja responsável à época pela liberação dos recursos era Matilde Ribeiro, hoje segunda suplente na chapa de Netinho.


Os repasses serviram para turbinar a inauguração da nova sede da entidade, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, inaugurada em novembro de 2004.

O dinheiro deveria ser utilizado em projetos sociais na região, reduto eleitoral do candidato ao Senado.

De acordo com os ministérios responsáveis pelos repasses, até hoje o instituto não prestou contas sobre a utilização dos recursos.

No caso do Esporte e da Cultura, a entidade está sendo cobrada para devolver o dinheiro.

Em relação à Seppir, a pasta informou que o instituto pode ressarcir os cofres públicos “com prestação de serviços”.


Em 2003, Netinho conseguiu assinar um convênio com o Ministério do Esporte que previa o repasse de R$ 354.653,92 para a entidade fundada por ele.

O objetivo era desenvolver o projeto Segundo Tempo, por meio do atendimento de 1.350 crianças e adolescentes da região de Carapicuíba e do Parque Ipê.


De acordo com informações do Portal da Transparência, do próprio governo federal, o valor foi liberado integralmente, sendo a última parcela de R$ 75.393,04 liberada em abril de 2004.


Apesar de ter recebido o dinheiro, a entidade não prestou informações completas sobre a aplicação dos recursos.

Apenas dois anos após a liberação da última parcela, em agosto de 2006, o Ministério concluiu pela aprovação do convênio, “com ressalva”.

Havia dúvidas a respeito do número de alunos atendidos e o período de execução do programa.


Em fevereiro de 2008, o Ministério do Esporte resolveu abrir diligência para a entidade apresentar documentação complementar.

Como não houve resposta, a entidade foi inscrita no Siafi como inadimplente.


O processo voltou a se arrastar e, em junho de 2009, foi expedida notificação ao Instituto Casa da Gente reiterando a solicitação de apresentação da documentação complementar ou a restituição ao Tesouro de R$ 640.076,83 - R$ 289.741,85, relativos a despesas não comprovadas, com os acréscimos de juros de mora.


Em agosto do mesmo ano, a entidade solicitou mais prazo para o envio da documentação solicitada.

Mais uma vez foi concedida a prorrogação do prazo.

A resposta ainda não chegou.

Procurado pelo Estado, o Ministério do Esporte disse que “será instaurada” agora uma Tomada de Contas Especial.

Cultura

O Instituto Casa da Gente também está inadimplente em outro convênio firmado por Netinho, desta vez com o Ministério da Cultura, em 2005, que visava a capacitação de 500 adolescentes em áreas culturais.

Ainda segundo informações do Portal da Transparência, foram liberados R$ 85 mil, de um convênio de R$ 150 mil.


A entidade também não prestou contas dos recursos recebidos em 2005. O ministério disse ter cumprido a legislação ao “solicitar, ao longo do tempo, a prestação de contas, por meio de correspondências oficiais e visita técnica”.


Apenas em dezembro do ano passado, o Ministério da Cultura instaurou a Tomada de Contas Especial, que se encontra no Ministério da Fazenda. Cobra agora o ressarcimento de R$ 150.892,87, mas disse “não ter encontrado indício de má-fé” por parte da entidade.

Igualdade Racial

Um terceiro convênio, no valor de R$ 150 mil, foi firmado em novembro de 2005 com a Seppir, secretaria dirigida à época por Matilde Ribeiro.

De acordo com a pasta, embora a entidade tenha sido inscrita como “inadimplente” no Portal da Transparência, a tomada de prestação de contas ainda está em andamento.

A secretaria informou, por meio de sua assessoria, “os procedimentos seguem os trâmites legais, já que o Instituto enviou documentação informando que sua sede foi furtada, necessitando de prazo para regularização da situação”.

Entidade

Contatada pela reportagem do Estado nesta sexta-feira, 24, a presidente do instituto, Márcia Hipólide, alegou que a entidade esta “em processo de prestação de contas” e justificou não ter feito a prestação de contas por conta de roubo na sede da ONG.

Segundo ela, o incidente teria impossibilitado a apresentação dos documentos necessários para a regularização dos empréstimos.


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