O lixo moral da República dos Megalonanicos.
Ou: a minha vergonha patriótica
Quer dizer que Lula assina as sanções contra o Irã “contrariado”?
Que pena!
O ministro Celso Amorim fique tranqüilo. Não será por falta de vergonha que a gente vai ficar constrangido ao ler coisas assim.
Eu me envergonho em seu lugar — uma vergonha que eu diria ser, assim, patriótica…
Afinal, ele é brasileiro, também sou, e não há nada que eu possa fazer a esse respeito a não ser lamentar e… me envergonhar um pouco!
Lula está contrariado, é?
Eu entendo: não é todo dia que um chefe de estado declara sua “amizade e carinho” por um ditador que manda enforcar adversários e que defende o apedrejamento de viúvas acusadas de adultério.
Num rasgo de humanidade, o “sistema” mudou a acusação para assassinato e a pena para enforcamento.
Quando o aparato repressivo de Ahmadinejad resolve ousar no terreno dos direitos humanos, não tem pra ninguém.
Convenham: é um amor que merecia um melhor destino.
Pois é…
Lula apostava tanto na sua estratégia de tratar um terrorista nuclear como bibelô!
Achou que poderia mesmo assombrar o mundo com a sua “estratégia”.
E aquilo tudo deu em nada. Ou nem tanto: alguma coisa mudou. O presidente brasileiro chegou a ser saudado como uma boa novidade entre os líderes dos países emergentes.
No fim do mandato, sua estatura moral aos olhos do mundo é correspondente à altura de Celso Amorim.
As artimanhas retóricas deste senhor são preciosidades da empulhação.
Vejam lá: “Alguns bancos e algumas empresas que foram suspeitas de terem envolvimento com atividades nucleares (…)”.
“Suspeitas” uma ova!
Essas empresas e bancos são divisões da Guarda Revolucionária Iraniana, onde está lotada a elite militar que governa o país. Hoje, antes de ser uma ditadura religiosa, o Irã é uma ditadura militar com ambições nucleares.
A eleição se tornou mero ritual homologatório no país.
O vencedor será aquele que for “eleito” pela Guarda — se não for no voto, vai na fraude, como se viu.
O aparato militar impõe hoje a sua vontade ao Conselho da Revolução Islâmica, que reúne os aiatolás.
Eles chegaram até a ensaiar alguma resistência à escancarada fraude eleitoral no país — o aiatolá Lula divergiu e disse que tudo não passava de disputa de torcidas —, mas os milicos botaram as armas na mesa.
Ahmadinejad, o “amigo” por quem Lula tem “carinho”, é a face visível desse aparato.
Severos mesmo, como sabemos, Lula e Amorim são com a perigosíssima… Honduras!!!
E só para arrematar: o alinhamento do Brasil com ditaduras antiamericanas não é casual.
Trata-se de um método.
Amorim encaminhou à ONU um documento em que propõe que os violadores sistemáticos de direitos humanos não sejam mais alvos de censura, mas interlocutores de um bom bate-papo.
Segundo este gigante, censuras ou sanções são ineficientes.
Que visão!
O que isso significa?
Que respeitadores e transgressores dos direitos humanos têm o seu lugar garantido no concerto das nações. Alguns porque prezam as liberdades públicas e os direitos individuais; outros porque enforcam e degolam seus adversários, do que decorre um corolário óbvio:
Ou: a minha vergonha patriótica
Por Reinaldo Azevedo
Quer dizer que Lula assina as sanções contra o Irã “contrariado”?
Que pena!
O ministro Celso Amorim fique tranqüilo. Não será por falta de vergonha que a gente vai ficar constrangido ao ler coisas assim.
Eu me envergonho em seu lugar — uma vergonha que eu diria ser, assim, patriótica…
Afinal, ele é brasileiro, também sou, e não há nada que eu possa fazer a esse respeito a não ser lamentar e… me envergonhar um pouco!
Lula está contrariado, é?
Eu entendo: não é todo dia que um chefe de estado declara sua “amizade e carinho” por um ditador que manda enforcar adversários e que defende o apedrejamento de viúvas acusadas de adultério.
Num rasgo de humanidade, o “sistema” mudou a acusação para assassinato e a pena para enforcamento.
Quando o aparato repressivo de Ahmadinejad resolve ousar no terreno dos direitos humanos, não tem pra ninguém.
Convenham: é um amor que merecia um melhor destino.
Pois é…
Lula apostava tanto na sua estratégia de tratar um terrorista nuclear como bibelô!
Achou que poderia mesmo assombrar o mundo com a sua “estratégia”.
E aquilo tudo deu em nada. Ou nem tanto: alguma coisa mudou. O presidente brasileiro chegou a ser saudado como uma boa novidade entre os líderes dos países emergentes.
No fim do mandato, sua estatura moral aos olhos do mundo é correspondente à altura de Celso Amorim.
As artimanhas retóricas deste senhor são preciosidades da empulhação.
Vejam lá: “Alguns bancos e algumas empresas que foram suspeitas de terem envolvimento com atividades nucleares (…)”.
“Suspeitas” uma ova!
Essas empresas e bancos são divisões da Guarda Revolucionária Iraniana, onde está lotada a elite militar que governa o país. Hoje, antes de ser uma ditadura religiosa, o Irã é uma ditadura militar com ambições nucleares.
A eleição se tornou mero ritual homologatório no país.
O vencedor será aquele que for “eleito” pela Guarda — se não for no voto, vai na fraude, como se viu.
O aparato militar impõe hoje a sua vontade ao Conselho da Revolução Islâmica, que reúne os aiatolás.
Eles chegaram até a ensaiar alguma resistência à escancarada fraude eleitoral no país — o aiatolá Lula divergiu e disse que tudo não passava de disputa de torcidas —, mas os milicos botaram as armas na mesa.
Ahmadinejad, o “amigo” por quem Lula tem “carinho”, é a face visível desse aparato.
Severos mesmo, como sabemos, Lula e Amorim são com a perigosíssima… Honduras!!!
E só para arrematar: o alinhamento do Brasil com ditaduras antiamericanas não é casual.
Trata-se de um método.
Amorim encaminhou à ONU um documento em que propõe que os violadores sistemáticos de direitos humanos não sejam mais alvos de censura, mas interlocutores de um bom bate-papo.
Segundo este gigante, censuras ou sanções são ineficientes.
Que visão!
O que isso significa?
Que respeitadores e transgressores dos direitos humanos têm o seu lugar garantido no concerto das nações. Alguns porque prezam as liberdades públicas e os direitos individuais; outros porque enforcam e degolam seus adversários, do que decorre um corolário óbvio:
nessa instância de que Amorim e Lula pretendem ser líderes morais, tanto faz enforcar ou respeitar o oponente.
É o lixo moral!
10/08/2010
0 comentários:
Postar um comentário