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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Gradualidade...



Sobre a campanha política...

Em uma campanha polarizada entre dois candidatos, 30% votam no candidato A, 30% no candidato B, 10% não votam em ninguém e TRINTA POR CENTO tanto podem votar em A quanto em B.

São estes trinta por cento que precisam ser convencidos a votar em Serra.

E estes eleitores não entendem nada de política.

A campanha do candidato NÃO É FEITA PARA NÓS.

Nós votaremos no Serra com campanha ou sem campanha.

Nós já tomamos a decisão.

Do mesmo modo os petistas.

Aliás eles não têm escolha.

Votar na górgona petista é uma obrigação estatutária.

Nós, os votantes do Serra, somamos trinta por cento do eleitorado.

Eles, os votantes da medusa, outros trinta por cento.

Nem nós, nem eles, somos suficientes para decidir uma eleição, já que nenhum dos dois grupos formam a maioria do eleitorado.

Quem decide a eleição são os trinta por cento que votam porque o voto é obrigatório.

É para estes trinta por cento que tanto a campanha do candidato quanto a da candidata é dirigida.

E para este segmento do eleitorado a estratégia deve ser a da gradualidade.


Sobre o Foro de São Paulo...

Pense um pouco.

Desde 1989, data da criação do Foro de São Paulo, que as atividades desta organização de abrangência continental são escamoteadas do noticiário.

Nós, graças ao trabalho do Dr. Graça Vagner, depois do Olavo de Carvalho e devido à nossa decisão de nos inteirarmos do real estado da política do país, sabemos do que se trata este Foro.

Sabemos das relações entre o partido governante e as FARC, por exemplo.

Mas e este contingente de pessoas desinteressadas de política, como poderiam saber , se a única fonte de informação é o noticiário da TV e as manchetes de jornais expostas nas Bancas?

Pois bem, bastou a campanha do Serra tocar no assunto e aquilo que era sonegado ao grande público, por décadas, tornou-se assunto de primeira página.

Mas, antes de se falar do Foro, o candidato tocou de raspão na leniência do governo boliviano em relação ao plantio, refino e tráfico de cocaína.

Perceba, aqui, o gradualismo de que eu falei:

Bolívia, cocaína, Farc, Foro, PT, Pcc, o jovem morto na esquina, o filho viciado em drogas.

Foi necessário quanto tempo para que a ligação entre o partido do governo, os governos revolucionários da América Latina e o tráfico de drogas pudesse se tornar um assunto nacional e com ares de verdade?

O trabalho meticuloso de ocultação de  vinte anos  tornou-se inútil.

Hoje fala-se abertamente sobre o assunto.

Foi através desta estratégia gradualística que o Duda Mendonça transformou o faraó de garanhuns de um mono revolucionário em um amigo da classe média.


Sobre os ideais revolucionários marxistas...


Quase todos de minha geração passamos durante a adolescência: a apresentação para o marxismo e para as drogas.

Até  os fins da década de sessenta, maconha era coisa de bandido, de marginal.

Deixou de ser graça aos da minha geração.

A conversa que ouvíamos no patio da escola era marxismo, anti-americanismo e maconha.

Esquerda, sexo sem limites e drogas faziam parte de um único pacote.

SERGIO VARUZZA

 10 de agosto de 2010


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