Por Olavo de CarvalhoArtigos - Direito
Em nota divulgada no seu site, o deputado Jean Wyllys reconhece que este jornal eletrônico publicou o seu desmentido, e anuncia que vai processar somente aquelas pessoas ou grupos que continuem a espalhar pela internet, sem esse desmentido, os dois e-mails falsos enviados em seu nome por meio de um provedor checo.
Já é alguma coisa. Mas não é tudo.
As palavras do deputado deixam a impressão de que o Mídia Sem Máscara simplesmente recebeu um desmentido e o publicou.
Na verdade, não recebemos desmentido nenhum, nem qualquer pedido de que o publicássemos.
Qualquer pessoa que veja falsas mensagens publicadas em seu nome num jornal eletrônico ou impresso tem como reação lógica, espontânea e quase obrigatória solicitar aos redatores a retificação do erro, exercendo nisso, sem mais delongas, o direito de resposta que a lei lhe assegura.
O Sr. Wyllys, surpreendentemente, não fez nada disso.
Manteve-se em completo silêncio, apenas colocando na sua própria página do Twitter uma brevíssima notificação do ocorrido, da qual não recebemos nem cópia, e que só chegou ao nosso conhecimento por amabilidade de um leitor.
Imediatamente tomamos, por nossa própria e exclusiva iniciativa, as providências necessárias para localizar a fonte dos e-mails falsos.
Tão logo identificamos essa fonte, denunciamos a fraude, sem que nenhuma solicitação nesse sentido nos chegasse da parte do Sr. Wyllys ou de seus assessores.
Se não fosse a intervenção daquele leitor gentil, teríamos permanecido no erro e estaríamos agora entre os ameaçados de ação judicial.
Não entendemos por que o Sr. Wyllys se omitiu de exercer o seu direito de resposta, nem por que agora ele deixa de reconhecer explicitamente que, até o momento, a única iniciativa concreta para restabelecer os fatos e defender a sua reputação partiu deste jornal – não dele próprio, nem de seus assessores.
Se não fosse pela nossa investigação, o desmentido do Sr. Wyllys ainda estaria pairando no ar como uma simples asserção sem provas.
Uma coisa é esbravejar que teve seu nome usado indevidamente: foi o que fez o Sr. Wyllys.
Outra coisa é prová-lo – e disto nos incumbimos nós.
Não estamos pedindo que ele nos agradeça pelo simples fato de colocarmos nossa obrigação jornalística acima de eventuais desacordos ou desavenças que possamos ter com ele.
Mas o fato é que até agora, neste episódio, fizemos mais pela boa imagem do Sr. Wyllys do que ele mesmo fez.16 Julho 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Dever cumprido
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