Partidos da oposição pediram que Ministério Público investigue se Lula cometeu crime de tráfico de influência em suposto encontro com ministro Gilmar Mendes
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, repassou nesta terça-feira, 29, a representação de partidos da oposição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Procuradoria da República no Distrito Federal, que atua na primeira instância do Judiciário.
Segundo a assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da República, a decisão de Gurgel se deve ao fato de Lula não possuir mais foro privilegiado por ter deixado a Presidência.
Na segunda-feira, 28, partidos da oposição pediram ao Ministério Público que investigue se Lula cometeu crimes de tráfico de influência, coação em processo em andamento e corrupção ativa.
Segundo reportagem publicada no fim de semana pela revista Veja, citando relatos do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula teria pressionado o magistrado a apoiar o adiamento do julgamento do mensalão em troca de proteção na CPI que investiga as relações do empresário Carlinhos Cachoeira com empresas e políticos.
Isso porque Mendes teria se encontrado com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) durante uma viagem a Berlim. Demóstenes responde a processo no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro por conta de suas relações com Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
O senador depôs ao Conselho de Ética nesta terça e negou as denúncias.
Na segunda-feira, Lula declarou-se "indignado" ao negar ter pressionado Mendes em nota divulgada por seu instituto. Ele confirmou ter se encontrado com Mendes, mas disse que o conteúdo da conversa relatado pela revista é "inverídico".
29 de maio de 2012
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