by: Jose Agripino
“Verdadeira herança maldita”, “bombas-relógio” são expressões que a oposição já vem empregando para se referir ao completo descontrole que se instalou na gestão da política econômica – em especial na sua vertente fiscal – no atual governo.
Mas são também termos que agora começam a disseminar-se entre comentaristas e mesmo no “mercado”, que até aqui vinha preferindo acreditar que tudo corria bem.
Mas são também termos que agora começam a disseminar-se entre comentaristas e mesmo no “mercado”, que até aqui vinha preferindo acreditar que tudo corria bem.
Em estudo que o jornal O Globo publicou em sua edição de ontem, o economista Geraldo Biasoto estima que a miríade de novos gastos já contratados pelo atual governo levará o país a apresentar déficit fiscal já no ano que vem.
A reversão é espantosa: de um superávit de R$ 71,4 bilhões em 2008, passaríamos a R$ 2,1 bilhões negativos em 2010. Significa comer 2,5% do PIB com as novas despesas em apenas dois anos.
Entre um ano e outro, ainda segundo o levantamento, as despesas devem crescer singelos R$ 87 bilhões. Faça as contas: são quase R$ 240 milhões extras por dia, sobre uma base que está longe de ser insignificante (para este ano, os gastos são estimados em R$ 498 bilhões).
Chegue a suas próprias conclusões. Aqui vai um exemplo do que isso representa: só com o valor adicional que será gasto seria possível construir oito hospitais com mais ou menos 200 leitos em cada um dos 365 dias do ano que vem – hipoteticamente falando, claro.
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