Por Jorge Serrão
Exclusivo – O banqueiro Daniel Dantas acaba de telefonar para um senador da base aliada para reclamar da "sacanagem que foi feita contra ele".
Dantas ameaçou que, se não houver um relaxamento da sua prisão até hoje, vai “deixar vazar na imprensa” as contas secretas de vários senadores e deputados, com a intermediação do megainvestidor Naji Nahas, também preso.
Dantas reclamou que toda a operação da Oi com a Brasil Telecom foi feita com ordens de cima, com toda anuência do Palácio do Planalto.
Brasília é um alvoroço tremendo. Dantas tem metade dos senadores nas mãos. Grande parte do Congresso também. Mas quem se apavora mesmo é o Palácio do Planalto.
A sorte é que o chefão Lula, estrategicamente, está no Japão, ma lorota do G-8.
A base alada também se assustou porque as informações privilegiadas para a operação Satiagraha, que investiga desdobramentos do escândalo do mensalão, vieram de autoridades norte-americanas. Mais precisamente do Federal Reserve. Tudo porque o Citicorp também estaria envolvido.
Outro escândalo prestes a estourar – como o Alerta Total já antecipou – é o vazamento de informações da Nova Bolsa (Bovespa BM&F), por uma falha de segurança no sistema de informática.
As informações são “hackeadas” no sistema de dados antes de serem lançados no painel da Bolsa. As informações sigilosas e privilegiadas são segredos de corretoras. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já investiga o caso, em sigilo, com a Polícia Federal.
A Operação Satiagraha - que hoje prendeu ilustres como Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta - começou há quatro anos com investigações sobre o Mensalão.
A partir de documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal. Na apuração foram identificadas pessoas e empresas beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos.
O chamado esquema do mensalão envolvia o suposto pagamento de dinheiro a deputados da base aliada do desgoverno Lula da Silva, em troca de apoio no Congresso.
As denúncias do esquema derrubaram figuras importantes do governo petista, como o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, que já teme que o caso respingue nele, por suas ligações com Dantas.
Neste caso não sobraria só para o Zé, mas para todo o desgoverno, cujos integrantes são unha e carne com Daniel.
Os federais apuraram então a existência de uma grande organização criminosa, que seria comandada pelo empresário Daniel Dantas, do grupo Opportunity, envolvida com a prática de diversos crimes. O grupo montava várias empresas de fachada.
Em seguida, foi descoberta a existência de um segundo grupo formado por empresários e doleiros que atuavam no mercado financeiro como forma de lavar o dinheiro obtido nos negócios.
Este grupo era comandado pelo megainvestidor Naji Nahas.
Além de fraudes no mercado de capitais, a organização atuaria no mercado paralelo de moedas estrangeiras.
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