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quinta-feira, 17 de março de 2011

Ainda o sr. Da Silva


Por Peter Wilm Rosenfeld

Creio que, querendo ou não, ainda terei que falar sobre o triste governo do Sr. da Silva durante algum tempo.

Por quê ?

Ora, em primeiro lugar porque as barbaridades que ele e seus asseclas cometeram ainda não vieram completamente a nosso conhecimento. À medida que isso for acontecendo, poderá ser material para comentários.

Em segundo lugar, porque em sua nova atividade de “palestrante internacional” continuará mentindo como fez em seus longos oito anos de governo, portanto, passível de observações.

E, terceiro lugar, porque ainda não explicou as razões de ter carregado em sua mudança todos os presente ganhos pelo casal durante a Presidência que, por lei, pertencem ao Estado, que não fez qualquer doação de qualquer um desses presentes ao casal tendo havido, então, apropriação indébita (para usar um termo suave…).

Em quarto lugar porque, igualmente, não houve qualquer explicação para o enorme acréscimo do volume de sua mudança, que necessitou de 11 caminhões grandes de mudança, sendo um refrigerado.

Finalmente, não explicou onde foi parar o crucifixo que há anos estava pendurado em uma das paredes do gabinete presidencial no Palácio do Planalto, que misteriosamente “sumiu” quando a Presidente Rousseff assumiu a Presidência.

Certamente os ferrenhos “lulistas” argumentarão que um Presidente da República, ao deixar o cargo, não tem qualquer obrigação de dar explicações sobre seus atos, e que isso se aplica, por igual, ao Sr. da Silva.

E têm toda a razão no que dizem quando se tratar de atos ocorridos durante o exercício de seus mandatos e que tenham que ver diretamente, com o cargo.

Pode ter se relacionado, até com expressões de carinho, a todos os sanguinários ditadores do mundo, como realmente o fez, sem precisar justificá-lo.

Decidiu doar ou emprestar algumas centenas de milhões de dólares a países sob o domínio dos já referidos ditadores, ao mesmo tempo em que não deu qualquer apoio a Estados ou cidades brasileiras devastados por fenômenos da natureza. A história certamente registrou e não esquecerá esse descaso, mas foi no exercício do mandato.

A Presidência da República esbanjou dinheiro em gastos pagos com os já famosos cartões corporativos, sem dar qualquer satisfação das finalidades desses gastos, pois os classificou de “indispensáveis à segurança nacional”. Só em dezembro, de 2010, último mês dos longos 96 meses (2.848 dias !!) de seu mandato, foram gastos nada menos de R$ 884.900,00 ! É muito dinheiro em se tratando de despesas da Presidência da República que têm que ser secretas por envolverem a segurança nacional. Assim se me parece !!!

E isso sim, tem que ver diretamente conosco, os “pagantes de impostos” como gostam de dizer os nossos vizinhos do norte. “Pagante de impostos” expressa melhor nossa condição de inferioridade em relação ao governo do que a palavra “contribuinte”, usualmente usada no Brasil !

Se o responsável pelos gastos fosse o atual Ministro dos Esportes, esse dinheiro poderia ter sido gasto pagando tapiocas !! Se o responsável pelo gasto fosse o atual Ministro do Turismo, o dinheiro poderia ter sido gasto em motéis !!

Mas se tiver sido do, ou no, Palácio da Alvorada ou no Planalto, quem nos garante que não tenha sido despendido com a famosa da “marvada da cachaça” (como dizia a antiga marchinha de Carnaval) e com seu primo “scotch whisky” ?….

Com qualquer gasto rotulado como “secreto” nós, o povo, temos o direito de pensar ou de supor qualquer coisa relacionada com o tipo de dispêndio !!!

Para terminar, chegou a mim há poucos dias o resultado de um estudo feito pelo Prof. Reinaldo Gonçalves, titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sobre a evolução da economia do Brasil no (des)governo do Sr. da Silva.

As conclusões são impressionantes. Vejamos:

- Fraco desempenho pelos padrões históricos do Brasil;

- Muito fraco desempenho quando comparado com o de outros Presidentes;

- Retrocesso relativo; e

- O País foi fortemente atingido pela crise global de 2009.

Vejamos quais foram os desempenhos sob outros Presidentes (variação real em %):

Médici: 11,9; Deodoro da Fonseca: 10,1; Café Fº: 8,8; Janio Quadros: 8,6; Juscelino Kubitschek: 8,1; Costa e Silva: 7,8; Eurico Dutra: 7,6; Epitácio Pessoa: 7,4; Ernesto Geisel: 6,7; Nilo Peçanha: 6,4; Getúlio Vargas II: 6,2; Washington Luis: 5,2; Itamar Franco: 5,0; Rodrigues Alves: 4,7; Prudente de Morais: 4,5; José Sarney: 4,4; Getúlio Vargas I: 4,3; Castello Branco: 4,2; Luis Inácio Lula da Silva: 4,0; Artur Bernardes: 3,7; João Goulart: 3,6; Hermes da Fonseca: 3,5; Campos Sales: 3,1; Afonso Pena: 2,5; João Figueiredo: 2,4; Fernando H. Cardoso: 2,3; Venceslau Bras: 2,1; Fernando Collor: -1,3; Floriano Peixoto: -7,5.

Cada um que tire suas conclusões.

Mas que o (dês)governo do Sr. da Silva foi, em matéria de economia e de crescimento econômico um decepção total, lá isso foi.


(*) Fotomontagem: O Silva como rei de paus, quem te viu quem te vê.

17/03/2011

1 comentários:

Manoel Modesto Júnior disse...

Sou nordestino com muito orgulho, agora quando se trata das eleições de Lula e Dilma, tenho muita vergonha porque vejo como o pobre vende seu voto e para manter os benefícios é capaz de brigar.
Os pobres brasileiros foram transformados em moeda eleitoral e também perderam a dignidade