Alejandro Aguirre diz que brasileiro trata 'com delicadeza' líderes de Cuba e se omitiu na censura ao 'Estado'
Denise Chrispim Marin
correspondente / WASHINGTON
Estadao on line
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O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Alejandro Aguirre, qualificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos "falsos democratas" da região.
Ao fim de uma reunião do comitê executivo da SIP, que agrega 1.300 meios de comunicação, ele argumentou que Lula se omitiu diante da censura ao Estado.
A censura foi imposta ao jornal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) e está em vigor desde 31 de julho do ano passado.
A proibição de veiculação de notícias sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, foi motivada por um pedido do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PDMP-AP).
"(A censura ao jornal) não foi denunciada pelo governante", acusou Aguirre, que também representa na SIP o Diário Las Américas, de Miami.
Vínculos
Aguirre afirmou que o caráter de "falso democrata" de Lula não se limita a esse episódio.
Essa condição, argumentou, tornou-se evidente com a estreita relação do presidente brasileiro com os irmãos Fidel e Raúl Castro, de Cuba.
Também é justificada pelos vínculos de Lula com líderes eleitos democraticamente, mas que "estão se beneficiando da fé e do poder que o povo neles depositou para destruir as instituições democráticas".
"Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos.
O voto é componente sumamente importante na democracia, assim como a atuação dos governantes", afirmou.
"Eu vi governantes com uma grande delicadeza com o presidente Castro, o que representa um grande apoio moral a esse governo, que violou os direitos humanos por meio século", completou Aguirre, ao ser questionado especificamente sobre sua avaliação de Lula.
O presidente da SIP ainda incluiu o governo Lula na lista dos que "atacam" os meios de comunicação, composta originalmente pelas administrações de Hugo Chávez, da Venezuela;
de Cristina Kirchner, da Argentina;
de Rafael Correa, do Equador;
de Evo Morales, da Bolívia;
de Daniel Ortega, da Nicarágua,
e de Porfírio Lobo, de Honduras.
"Esses governos usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial, atos judiciais sumamente arbitrários.
Esses fatos são públicos", declarou.
Até às 20h33, o governo brasileiro não tinha se manifestado sobre as declarações de Aguirre. Mais aqui.
16 de julho de 2010
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