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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sobre a sessão de hoje do julgamento do Mensalão





Por Reinaldo Azevedo

Os asquerosos que tentam montar a rede de apoio a José Dirceu também decidiram atacar Joaquim Barbosa, que está sendo chamado, entre outras delicadezas, de “capitão do mato”.

É evidente que se trata de uma manifestação de cunho discriminatório, racista. “Capitães do mato”, originalmente, eram as pessoas encarregadas de capturar escravos fugidos. Mais tarde, passou a designar pessoas que caçam quaisquer tipos de fugitivos.

Os capitães de mato eram, na esmagadora maioria dos casos, negros ou mulatos libertos. Eram considerados uma escória tanto pelos escravos, que os odiavam por razões óbvias, como pelos brancos, que não os aceitavam como um dos seus. As próprias forças de segurança regulares os viam com desprezo. É evidente que não tentariam desqualificar o ministro dessa maneira se ele fosse branco. Ora, se lhe imputam uma suposta falha em razão da cor de sua pele, e evidente que se trata de manifestação de caráter racista.

Falta pouco para que os salafrários racistas chamem Barbosa de “negro de alma branca”…

Pois é… Esses caras tinham a certeza de que o ministro lhes beijaria a mão pela suposta dádiva que lhe concederam. Barbosa preferiu, digamos, beijar a Constituição e as leis. E a canalha está furiosa por isso.

Que o ministro continue a ser o capitão da Constituição e cace (e casse), de modo implacável, os fugitivos da ordem democrática.


O PT e a rede de aluguel na Internet decidiram criar uma hashtag no Twitter: #estouComDirceu. E tentam emplacar a mensagem entre os trending topics. Talvez até consigam porque as pessoas saudáveis decidiram aderir, mas acrescentando algumas palavrinhas a declaração tão especiosa. Lá se leem coisas como:

#estoucomdirceu na Papuda;
#EstouComDirceu na penitenciária; ele põe crédito no celular da galera;
#EstouComDirceu na cadeia. A beliche de baixo é minha;
#EstouComDirceu e com Marcola;
#EstouComDirceu, ou seja, lascado!
#EstouComDirceu e com Fernandinho Beira-Mar…

A hashtag está saindo pela culatra…


Joaquim Barbosa responde à alegação da defesa segundo a qual encontros em um chefe da Casa Civil e dirigentes de empresas são práticas comuns. São mesmo, é?

Barbosa indaga e exclama a um só tempo: o que faziam nesses encontros Marcos Valério e Delúbio Soares?! Nem um nem outro tinham cargo no governo. Oficialmente, um era só o dono de uma agência de publicidade que trabalhava para estatais, e o outro, tesoureiro de um partido.

Estavam lá por quê?

A coincidência entre os encontros e os empréstimos fraudulentos fala por si.


Barbosa desmoraliza uma das alegações da defesa, segundo a qual um encontro da banqueira Katia Rabello com José Dirceu tinha por objetivo debater a exploração de… nióbio!!!

Huuummm… Plauto Gouveia, então dirigente do banco e hoje seu vice-presidente, em depoimento, afirmou que nunca tinha ouvido falar dessa história.

Nada disso! O próprio Plauto confirmou que um dos temas da conversa foi a suspensão da intervenção no Banco Mercantil de Pernambuco, do qual o Rural era sócio minoritário, com 22%.


Joaquim Barbosa conclui a segunda parte do Capítulo VI da denúncia. O ministro lembra que José Dirceu era o chefe inconteste do PT e segundo homem mais importante da República — maior do que ele, só o presidente da República.

Mas não se limita ao diz-que-diz-que, não, ou, ainda à chamada “responsabilidade objetiva”. Ao contrário: demonstra a intimidade entre a cúpula do Banco Rural e José Dirceu, intermediados por Marcos Valério.

Barbosa demonstra que os empréstimos fraudulentos do Banco Rural para as empresas de Valério — e que eram uma das fontes de mensalão — se davam depois de encontros da direção do Rural com… Dirceu.

Ah, sim: Delúbio e o próprio Valério participaram dos encontros.

03/10/2012


1 comentários:

Anônimo disse...

Há algum tempo atrás, ouvi um “causo” contado por alguns pioneiros de Brasília, do qual não pude apurar a veracidade. Eles diziam que Brasília, logo após a inauguração, estava infestada por ratos de pelo escuro, transmissores de doenças. No intuito de exterminá-los, foram soltos pelas superquadras da cidade inúmeros ratos de pelo branco, uma vez que, na opinião das autoridades, estes eram mais saudáveis, mais fortes e inimigos naturais dos outros, de pelo escuro. Entretanto, ocorreu um efeito adverso não esperado, pois os ratos se acasalaram entre si e se multiplicaram. Ainda hoje, são vistos pela cidade ratos de pelo cinza, descendentes daqueles primeiros.

Creio que o fenômeno apontado pelo “causo” se repetiu na política.

Anos atrás, com a bandeira de exterminar os “ratos corruptos” do Brasil, foram introduzidos os “ratos (pretensamente) éticos”. Acredito que muitos deles, no início, realmente estavam bem intencionados. O povo até acreditou (em função de suas mentiras ardilosas), e votou e ainda vota neles...

Porém, parece que, mais uma vez, os ratos se acasalaram...

Hoje, você vê o Lula e a Dilma abraçando o Collor, o Sarney e o Maluf (parecem amigos de infância...). O Zé Dirceu, por outro lado, vocifera contra tudo e contra todos, gabando-se de que é o todo poderoso, que faz e acontece com um simples telefonema.

E chegamos ao ponto máximo de corrupção, de mentiras, de acinte às leis, de invasão de dados sigilosos, de censura à imprensa e de ameaças àqueles se opõem, e tudo isso dentro do maior cinismo, com a certeza da impunidade, visando à longevidade no Poder e à implantação de um comunismo à moda da Venezuela.

BASTA!!!
O BRASIL PRECISA REAGIR!!!
VAMOS CAÇAR OS RATOS!!!...