A memória petista é seletiva
A propósito dos mensaleiros, Delúbio Soares é mais uma dessas figuras da política nacional com memória seletiva. A exemplo de Fernando Collor, que esqueceu o impeachment em sua biografia pessoal (leia mais em Collor esquece sua biografia), Delúbio também apagou alguns acontecimentos da sua trajetória.
Detalhista a ponto de citar que concluiu o segundo grau no Colégio Lyceu e no Colégio Universitário, em Goiânia, entre 1973 e 1975, Delúbio até registrou seu papel de fundador do PT nacional e do PT em Goiás, mas apagou sua expulsão do partido em 2005 (quando os petistas ainda acusavam o golpe do mensalão).
A biografia de Delúbio relata sua participação na “Coordenação Nacional da Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República, entre 1989, 1998 e 2002”, mas quando chega em 2005, informa que o petista foi secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT e, misteriosamente, no ano seguinte, passou a dedicar-se ao trabalho de “consultor econômico e sindical”.
Já relegado à condição de réu no STF, Delúbio fecha sua biografia com a informação sobre 2009: virou colunista de um jornal goiano, no qual escreve às quintas-feiras.
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