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sábado, 13 de agosto de 2011

LULOBURGUESIA


Por Rivadavia Rosa

O ‘piedoso’ virobscurusnegou em outra oportunidade que Karl Marx tenha defendido a “luta de classes”.


Aliás, tudo o que foi aplicado pelo marxismo-leninismo-maoísmo-castrismo e que redundou em tragédia é negado cinicamente pelos militantes.

Agora vem com a tese de ‘roubo do trabalho’ e a mais-valia também marxista, esquecendo a trágica experiência na então URSS.

Na URSS – com a exploração, dominação e escravidão do povo pela classe burocrática (nomenklatura) a tal de mais-valia revelou sua face mais cruel.


O próprio Trotski aponta em sua análise da União Soviética com uma argumentação de tipo marxista, mas voltada contra a exploração pela classe burocrática, em vez da classe capitalista.


E, sem dúvida, em certa medida, Marx e Trotski têm razão; em outra não.


Têm razão ao dizer que em nenhuma sociedade conhecida os privilegiados partilharam as privações das massas populares nas fases de acumulação capitalista ou soviética.

Nesse sentido, têm razão em falar de exploração.


Em outro sentido, estão errados, porque não há teoria da pauperização no regime soviético, como também não há no sistema capitalista.

Exploração capitalista, coletivista, estatista, comunista – a pior é a que priva o ser humano da LIBERDADE.

Nessa mesma linha de ‘raciocínio’ marxista – os trotskistas, por exemplo – defendem a intervenção da exploração fora do sistema da propriedade privada; muito simples – basta dizer que num sistema de planificação integral, a MAIS-VALIA (lucro) é movimentada através do Tesouro Nacional (cofres públicos); a classe privilegiada – repito PRIVILEGIADA e a BUROCRACIA ESTATAL reconfigurada, no Brasil em LULOBURGUESIA - tira (retira, se apropria e rouba) o excedente social numa porção considerável destinada a lhe assegurar um nível de vida mais elevado (no que parece justo, desde que obtido com trabalho).


Aí está a mais perversa exploração das ‘MASSAS TRABALHADORAS’, das ‘MASSAS POPULARES’, dos pobres, dos excluídos ... – pela burocracia parasitária, perdulária e criminosa (nomenklatura), evitando que o excedente ‘social’ seja reinvestido em atividades produtivas que gerem empregos justamente em benefício das ‘massas populares’.


E assim ‘elles’ continuam ‘denunciando’ a exploração ‘capitalista do povo (pela classe, pelos capitalistas selvagens (na realidade, selvagem é o socialismo) – como responsável pelo empobrecimento (pauperização) da população – o que é mais uma falsidade (falácia marxista).

O fato é que a cepa de viés marxista (lembre-se que eles foram doutrinados, não educados) e suas derivações continua acreditando nas falácias dos profetas da barbárie e uma delas é a do fim do capitalismo pelo ‘empobrecimento da classe operária’, erigido a dogma pelo socialismo ‘científico’.

RESUMINDO com SOFOCLETO e JORGE SEMPRUN:


“A fé consiste em não crer no que está acontecendo.” Sofocleto (Luis Felipe Angell de Lama – 1926-2004)
“É assombroso uma vez mais como funciona a memória dos comunistas. A desmemória, melhor dito. Assombra uma vez mais comprovar que é seletiva a memória dos comunistas. Recordam certas coisas e outras esquecem. Outras expulsam de sua memória. A memória comunista é, na realidade, uma desmemoria, não consiste em recordar o passado, mas em censurá-lo. A memória dos dirigentes comunistas funciona pragmaticamente, de acordo com os interesses e os objetivos políticos do momento. Não é uma memória histórica, testemunhal, é uma memória ideológica”. JORGE SEMPRUN (1923-2011), in Autobiografia de Federico Sanchez.

Abs RR

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