Lula Marques/Folha
Ao anular a aplicação da Lei da Ficha Limpa para a eleição de 2010, o STF abriu o caminho para a ressurreição de cerca de 30 ‘fichas-sujas’.
Durante o julgamento, a ministra Ellen Gracie perguntou ao colega Ricardo Lewandowski quantos são os recursos pendentes de julgamento.
Além de ocupar uma cadeira no STF, Lewandowski é presidente do TSE. Ele respondeu a Gracie: “Trinta e poucos”.
É essa a quantidade de políticos que, barrados pela nova lei, foram às urnas de 2010 escorados em recursos judiciais.
Elegeram-se, mas não puderam assumir os mandatos. O Supremo devolveu-os ao jogo.
Entre os fichas-sujas que retornam à cena, o mais célebre é Jáder Barbalho (PMDB-PA). Ele vai voltar para o Senado.
A mesma Casa da qual saíra fugido. Envolto em acusações de malfeitos, teve de renunciar à presidência do Senado e ao mandato para esquivar-se da cassação.
Reteve os direitos políticos e, na eleição seguinte, elegeu-se deputado federal. No ano passado, Jader concorreu ao Senado. Agora, terá os votos validados.
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