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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Garotinho ameaça fazer "revelações bombásticas"

Com cassação confirmada pelo TRE, ex-governador diz que está sendo vítima de pressões poderosas


Em seu blog, o ex-governador diz ser vítima de pressões com "impressões digitais de Sérgio Cabral"

O ex-governador Anthony Garotinho prometeu nesta segunda-feira fazer uma revelação bombástica para comprovar o “jogo sujo” que explicaria decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) de manter a cassação seu registro e o de sua mulher, Rosinha Garotinho, que é prefeita de Campos dos Goytacazes.

Garotinho diz estar sendo vítima de pressões poderosíssimas, nas quais estão claras as digitais do governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB.

O ex-governador pretende disputar o governo do Rio pelo PR, mas para cumprir o prazo eleitoral, que exige registro de todas as candidaturas até 5 de julho, precisa correr. Ele havia marcado para a quarta-feira, 30 de junho, a convenção do partido, e teve de cancelá-la.

Garotinho reafirma que nunca acreditou numa decisão favorável do TRE, exatamente por causa dessas influências de bastidores. “Não era um julgamento com base em provas, que não existem, nem podem existir porque nem eu, nem Rosinha, fizemos nada de errado. Foi um julgamento político, para atender interesses eleitorais. As impressões digitais de Sérgio Cabral são flagrantes”, escreveu ele em seu blog.

O casal Garotinho foi condenado em maio por abuso de poder econômico na eleição de 2008. O advogado de Garotinho, Fernando Neves, disse que vai esperar conhecer as razões do tribunal para depois decidir as medidas a serem tomadas para reverter o quadro.

O Tribunal Superior Eleitoral deve manifestar-se até quarta-feira. Garotinho diz manter a confiança numa decisão favorável.

“Estou certo de que o TSE, de forma independente, sem o comprometimento que existe hoje, por parte de setores do MP e da Justiça, aceitará o meu pedido de liminar, que está nas mãos do ministro Marcelo Ribeiro”, diz o ex-governador, que, por via das dúvidas, guardou a "bomba" para outra ocasião.
Na Veja

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