Líderes do G20 fecharam acordo contra a crise
A cúpula do G20 terminou com um acordo global para estimular o crescimento mundial. Mas será que isso simboliza o começo de uma nova ordem econômica mundial?
A primeira impressão dada pelo comunicado oficial é de que não houve um plano coordenado de estímulo fiscal e que os US$ 500 bilhões prometidos ao Fundo Monetário Internacional virão com muitas condições.
E a regulação, apesar de global em princípio, ainda será colocada em prática por reguladores nacionais, que têm visões muito distintas.
Qualquer ajuda aos países pobres foi limitada na sua dimensão, e parece haver poucas chances de se chegar a um acordo global sobre comércio que pudesse melhorar as perspectivas no longo prazo.
Um novo consenso
Mas há indícios, tanto na retórica quanto nas medidas, de que uma nova forma de se administrar a economia mundial parece estar emergindo do processo do G20.
O presidente americano, Barack Obama, reconheceu isso ao admitir que o Consenso de Washington - que defende a globalização irrestrita e poucos regulamentos para os mercados - está superado, e pediu uma abordagem mais equilibrada para regulação de mercados, em vez de total liberdade.
Isso mostra uma mudança da posição americana, que no passado era fortemente oposto à regulação internacional do sistema financeiro.
Agora já se fala em regular fundos hedge, salários de executivos e paraísos fiscais - medidas impensáveis antes desta crise.
E com a criação do Conselho de Estabilização de Financeira, que será formado por todos os integrantes do G20, existe a possibilidade de surgir um novo órgão global de regulamentação financeira.
Mais importante é o aumento de poder de instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, que foram designados pelo G20 para monitorar e administrar muitas das políticas decididas pelos líderes. Leia.
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