Candidatos petistas fazem de tudo para aparecer perto do presidente e obter votos em seus municípios. Mas a estratégia nem sempre surte efeito.
É o que acontece em pelo menos sete capitais
Leandro Colon e Tiago Pariz
Da equipe do Correio
Da equipe do Correio
O petista Francisco Praciano usa imagem de Lula e se diz candidato dele na eleição em Manaus
O candidato Mário Cardoso aparece em foto com o presidente na campanha em Belém
Colar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem sempre significa transferência automática de votos.
Abraçá-lo está longe de ser sinônimo de crescimento em pesquisas.
De olho na Prefeitura de Manaus, o petista Francisco Praciano, por exemplo, explora o slogan “o candidato do Lula”.
Na briga pela prefeitura de Belém, Mário Cardoso, também do PT, usa a imagem do presidente ao seu lado na campanha.. Em comum, os dois candidatos dividem a angústia e a dificuldade em deslanchar na disputa eleitoral.
Eles se somam a outros petistas que se agarram na elevada popularidade de Lula para crescer nesta reta final da briga municipal.
Uma estratégia que, por enquanto, tem influenciado pouco em pelo menos sete capitais: Manaus, Rio de Janeiro, Curitiba, Teresina, Campo Grande, Belém e Natal.
Mesmo assim, os candidatos não jogam a toalha e apostam mais fichas na imagem do presidente até a votação em 5 de outubro.
Que o diga o candidato do PT em Campo Grande, Pedro Teruel.
Ele esteve em São Paulo no último sábado, onde Lula participou de um comício a favor da candidatura de Marta Suplicy (PT).
Teruel conseguiu registrar uma foto em que aparece atrás do presidente. Seu site de campanha reproduz a imagem e afirma: os dois se reuniram em São Paulo.
Teruel tem direito a cinco minutos de programa eleitoral na televisão dia sim, dia não.
Metade do tempo explora o presidente da República. Como Lula não gravou uma mensagem exclusiva, Teruel tem usado uma gravação genérica, em que o presidente pede votos, sem citar nomes.
Mas o petista quer mais. “A presença do presidente seria fundamental”, diz.
Na última sexta-feira, o Ibope divulgou uma pesquisa desanimadora para Teruel: o atual prefeito, Nelsinho Trad (PMDB), aparece com 69% das intenções de voto.
O petista, em segundo, tem 18% no levantamento registrado com o número 1219/2008.
O PT do Rio de Janeiro também não conseguiu ainda transferir o prestígio de Lula ao candidato do partido na cidade.
Alessandro Molon amarga um sexto lugar nas recentes pesquisas de intenção de voto.
Em Curitiba, Gleisi Hoffmann, mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, usará como nunca a imagem do presidente até o primeiro turno para impedir a reeleição do tucano Beto Richa.
Cartada
Situação parecida vive Nazareno Fonteles (PT) em Teresina.
Ele está com dificuldades para impedir que Silvio Mendes (PSDB) se reeleja no primeiro turno.
Em Natal, a candidata petista, Fátima Bezerra, recebeu uma visita de Lula na sexta-feira passada. Foi a última cartada para tentar derrubar o favoritismo de Micarla de Sousa (PV).
A campanha de Mário Cardoso em Belém admite que, apesar da vinculação a Lula, a candidatura petista cresce em ritmo lento e ainda insuficiente para ir ao segundo turno.
“A nossa candidatura tem crescido, mas precisa de mais”, disse o coordenador-geral da campanha, Marcos de Oliveira.
Em Manaus, o PT está confiante no crescimento de chance de chegada ao segundo turno contra Amazonino Mendes (PTB).
O problema é que outros dois candidatos aparecem entre eles: Serafim Corrêa (PSB) e Omar Aziz (PMN).
Lembrei agora da Urucubaca.
Parece que começou a funcionar.
Aleluia!
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Aleluia!
por Ester
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