COISA DE MÁFIA, NÃO?
Papai" é o novo personagem que irrompe no cenário político brasileiro. Quer dizer: "Papai" já estava aí, mas faltava o glamour que o apelido lhe confere. "Papai" é o advogado Roberto Teixeira, o compadre do presidente Lula.
Na entrevista aos repórteres Mariana Barbosa e Ricardo Grinbaum, do jornal O Estado de S. Paulo, que desenterrou o caso da venda da Varig, a advogada Denise Abreu, ex-integrante da Agência Nacional de Aviação Civil, contou que a filha de Teixeira, Valeska, combativa propugnadora da operação, dizia coisas como:
"Agora temos de ir embora porque papai já está no gabinete do presidente Lula".
Tanto se ouviu a filha invocar papai que, segundo Denise Abreu, papai virou "Papai" mesmo para quem não era filha.
"Nas reuniões (...) várias vezes ouvimos a Erenice falando com o Zuanazzi e referindo-se a alguém como ‘papai’", disse. Erenice Guerra é a número 2 da Casa Civil; Milton Zuanazzi, o ex-presidente da Anac.
Denise contou ainda que ouviu Erenice e a ministra Dilma Rousseff dizendo uma para a outra: "Porque papai precisa analisar".
Eis as manda-chuvas da República estremecidas de desvelos filiais, a Mãe do PAC sem vergonha de reduzir-se a filha. Há apelidos que valem mais que mil palavras.
"Papai" ilumina o papel do compadre como nada poderia fazê-lo. Leia.
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