
Mão Santa em resposta, pôs mais fogo na fornalha, dizendo que tinha chamado “Todos vocês de "galinhas cacarejadoras", no seu jeitão de galo velho desafiador, com muitos anos no galinheiro.
A turma do deixa disso acorreu ao local, e por fim a muito custo, arranjaram um jeito, de Mão Santa, pedir para tirar das notas taquigráficas, da sua fala de alguns dias atrás, a citação de Joseph Goebbels, e a tal expressão de galinha cacarejadora atribuída a ministra, antes adjetivada de Mãe do PAC.
O senador Mão Santa é um homem gentil e educado. É recordista absoluto em pronunciamentos da tribuna do Senado. Os seus discursos são característicos, bem humorados, dissonante com o de qualquer outro parlamentar, com chavões próprios, como os famosos “atentai bem”, e citações filosóficas de Padre Antônio Vieira, Cícero e Demóstenes, entre outros.
No episódio o senador Mão Santa, estava falando dos métodos persuasivos do nazistade Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler da Alemanha Nazista e os comparava com ao estilo dos petistas, de fazer barulho, de obras que ainda não foram realizadas, como se tudo já estivesse pronto.
Goebbels foi um gênio na propaganda institucional e é, como comunicador, citado e copiado reverenciadamente, até hoje, por profissionais da área. Foi ele, por exemplo quem inventou a expressão Heil Hitler, e a forma de saudação nazista, para se referir ao füher, Adolfo Hitler.
Dizem que foi o ministro da propaganda de Hitler que fez importantes descobertas no campo da propaganda subliminar, que consegue passar ao cérebro uma mensagem que não é vista pelos olhos, mas captada pelo cérebro, de quem assiste a um filme. Mão Santa citava Goebbels quando ele “orientava o partido a ter uma galinha cacarejadora para ficar gritando: as obras, as obras, as obras --antes de fazer e depois.” Fazendo a similaridade o senador arremeteu :

“Ela [Dilma] pode ser muito bem a galinha cacarejadora desse governo.
A história se repete", afirmou.” Claro que o senador não quis dá a ministra a condição de “galinha” pela qual se condoeu a senadora Ideli Salvatti, que seria a versão pejorativa de alguém promíscua e vulgar, que não pode seria justo atribuir a ministra Dilma, por mais que não se simpatize com ela.
Na verdade Ideli não soube usar os ensinamentos de Goebbels, pois deu publicidade e valorizou uma fala do senador Mão Santa, ocorrida numa daquelas horas mornas de plenário vazio, de alguns dias atrás, que não havia motivado nenhuma repercussão na grande mídia e que seria naturalmente esquecida.
Agora, graças aos cacarejos da Senadora Ideli Salvati, em horário nobre, a ministra vai ficar estigmatizada com essa imagem que originariamente não lhe seria apropriada.
Toinho de Passira
Folha de São Paulo, Agência Senado
enviada por Gracias
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