As maravilhas do poder
...o motivo pelo qual o partido totalitário e asseclas lutam encarniçadamente pela sua perpetuação comporta visão bem mais prosaica e realista, que é a seguinte: o partido totalitário quer se perpetuar no poder porque o poder é, antes de tudo, o Privilégio Colossal. Seguramente, a máquina do poder legalmente estabelecida é a mais perfeita e diabólica engrenagem que o ser humano construiu para viver como um nababo em cima da exploração dos seus semelhantes.
Pensem bem: o sujeito, em cima de promessas alvissareiras e de um programa utópico de governo, se elege presidente da República. Ato contínuo nomeia para cargos públicos à sua disposição os companheiros de partido, aliados ideológicos, simpatizantes, amigos, familiares, aspones, puxa-sacos e apaniguados de toda espécie. Em seguida, compra avião de luxo, se atribui gratificações pagas em dólar, viaja pelo mundo, tem centenas de serviçais e seguranças para servi-lo a todo instante. No dia-a-dia, o eleito bebe vinho raro (Romanée-Conti, R$ 11 mil a garrafa), uísque importado, come do bom e do melhor (“picanha argentina” e “carne de coelho” amaciada, segundo mostra o site Transparência, gerido pela Controladoria-Geral da União). Para manter a boa imagem, depois de dormir envolto em lençóis de fio egípcio, ele calça sapatos finos, veste roupas bem talhadas (um terno por dia), etc. – todo esse mundo faraônico de privilégios sem sacar um tostão do considerável salário que recebe sem produzir coisa alguma, a não ser discurso e conversa mole. Mais ainda: para impressionar a tribo atordoada de tanto pagar impostos, o sujeito arma um aparato de propaganda inexcedível, com direito a criação de uma rede de TV Pública.
Moral da história: não há quem segure a comilança dos cartões corporativos em Brasília.
Trechos do artigo de Ipojuca Pontes
Leia!: Mídia sem Máscara
Trechos do artigo de Ipojuca Pontes
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