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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Os abusos com cartões

O pior são os estados

Os cartões de crédito foram introduzidos sob o argumento de que permitiriam uma redução dos custos de transação em compras emergenciais e/ou de pequena monta.

A única forma de avaliar se esse uso tem sido ou não eficiente é pela comparação entre os preços unitários praticados com seu emprego (quanto custa um resma de papel para impressora, por exemplo) e os preços unitários praticados no processo de compra por licitação pública.

Para que se consiga determinar a vulnerabilidade dos cartões a esse tipo de desvio de finalidade, seria preciso conhecer os números agregados
Em 2007, as despesas realizadas com esses cartões superaram os R$ 100 milhões (mais do que o gasto com os cartões do governo federal).

Quase 45% desse montante saiu como retirada em dinheiro vivo. Minas Gerais é outro estado em que se usam cartões, sendo bem provável que a prática tenha sido adotada em outros estados e municípios.

Pois bem: será que os governos desses estados e municípios publicam alguma coisa na Internet?

A resposta é não. Governos estaduais e municipais são buracos negros.
Tendo em vista a enormidade de recursos de que dispõe, o governo paulista leva o prêmio de opacidade governamental. Muito pouco de relevante se publica a respeito do desempenho do governo. Já propaganda disfarçada é o que não falta.

Sem informação, não há condições de se realizar controle independente.
Nesse sentido, o governo federal está quilômetros à frente.

(Claudio Weber Abramo)

O problema não é o cartão

O mais novo escândalo que abala o cotidiano do governo e, por que não dizer, da República, tem revelado, no meu entender, uma série de posições e opiniões inadequadas, inconseqüentes e até mesmo bizarras. Estas opiniões e posições têm sido alardeadas por políticos - da oposição e da situação -, pela imprensa e pela opinião do público em geral.

O uso dos cartões corporativos é uma prática difundida em vários países, tanto em governos como em empresas. O problema não está no cartão corporativo, mas evidentemente no uso do mesmo e na surpreendente falta de transparência dos gastos e saques realizados por este meio.

Por que razão defino tal fato “surpreendente”?

Leia a matéria na íntegra.
(Marcos Fernandes Gonçalves da Silva)

Os abusos com cartões

Como uma arma criada para moralizar os gastos públicos acabou tendo o efeito oposto O cartão corporativo não existe só no Brasil. Ele é adotado por governos considerados inovadores na administração pública, como Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Passou a se disseminar por vários países como forma de manter sob controle os gastos cotidianos dos funcionários públicos. Serve para comprar material de escritório, pagar combustível, refeições, passagens, diárias de hotel e toda sorte de despesas legítimas e necessárias para o funcionamento do governo.

Além de evitar a burocracia por facilitar pequenos gastos, ele ajuda na fiscalização. Inspecionar extratos de um cartão é muito mais simples que verificar as dezenas de notas fiscais que o servidor público teria de apresentar para comprovar suas despesas pelo método tradicional.
No Brasil, esse dinheiro de plástico, adotado no fim de 2001, tem sido usado com maior freqüência a cada ano.

Em 2007, as autoridades e os funcionários do governo federal pagaram R$ 78 milhões de despesas usando o cartão, mais que o dobro do valor registrado no ano anterior.

Desse montante, 75%, ou R$ 58 milhões, foram sacados em caixas eletrônicos, para gastos com dinheiro vivo, de difícil comprovação.

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