Após deixar o governo com aprovação recorde e ter eleito Dilma como sucessora. ex-presidente age para tentar provar o que chama 'farsa do mensalão'
Um ano e meio após descer a rampa do Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem uma obsessão: provar que o mensalão foi "uma farsa" montada para apeá-lo do poder.
Até agora, não conseguiu.
Mesmo depois de eleger a desconhecida Dilma Rousseff como sucessora, Lula trava uma guerra para defender seu legado.
Sem nunca dizer quem o traiu, ele comprou brigas e perdeu batalhas.
Nos últimos meses, seus movimentos foram criticados nos bastidores até por réus do PT no processo, que temem uma resposta dura do Supremo Tribunal Federal (STF) às pressões políticas.
Dida Sampaio/AELula comprou brigas e perdeu batalhas mas não disse quem o traiu
"A CPI foi uma burrada", afirmou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em recente conversa com amigos.
Antes defensor da estratégia traçada por Lula para estimular a criação da CPI do Cachoeira, e fulminar adversários, o mais conhecido réu do mensalão já admite que o plano deu errado por criar um clima de hostilidade prejudicial ao julgamento do Supremo.
Lula, porém, não compartilha da mesma opinião.
Em reunião com petistas, na semana passada, o ex-presidente avaliou que, apesar dos percalços, a CPI conseguiu reunir munição contra rivais e apontar a ligação do contraventor Carlos Cachoeira com o PSDB do governador de Goiás, Marconi Perillo.
O plano do PT, no entanto, era muito mais ambicioso. Na tentativa de desconstruir a denúncia de corrupção produzida pelo Ministério Público e desqualificar seus algozes, petistas tinham como alvos preferenciais na CPI o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro Gilmar Mendes, do STF, e setores da imprensa.
Em abril, Lula foi ao encontro de Mendes no escritório do advogado Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, em Brasília.
Segundo o juiz, o ex-presidente queria adiar o julgamento do mensalão - definido como "inconveniente", às vésperas das eleições - e, em troca do "favor", ofereceu proteção a ele na CPI.
Na conversa, Lula teria citado uma viagem a Berlim, na qual Mendes se encontrou com Demóstenes Torres, cassado depois pelo Senado por envolvimento com Cachoeira.
"Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", disse o ministro do Supremo.
"Foi um papelão o que Gilmar Mendes fez", retrucou o ex-presidente, negando que tenha tentado manipular a CPI para salvar os réus do PT. "Meu sentimento é de indignação."
A avaliação dominante no partido é que Lula caiu numa "armadilha" e acabou contribuindo para acirrar os ânimos perto do julgamento do mensalão.
Antes da polêmica reunião, ele mantinha bom relacionamento com Mendes, que foi advogado-geral da União no governo de Fernando Henrique Cardoso e é muito próximo de José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
Erros. Quando era presidente, Lula convidou Mendes, algumas vezes, para jantar no Palácio da Alvorada. Guiomar, mulher do ministro do STF, ficou amiga da primeira dama Marisa Letícia.
O voto dele a favor de Dirceu era considerado "provável" por petistas. Hoje, ninguém no PT se arrisca nessa direção.
Lula costuma socializar os erros, como fez recentemente, após aparecer ao lado do deputado Paulo Maluf (PP-SP), novo aliado do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
"Nós já fizemos aquela c... da foto com Maluf", desabafou ele, de acordo com relato de dois interlocutores.
No caso do empurrão dado para a abertura da CPI, no entanto, Lula não teme o efeito bumerangue, embora a comissão tenha sido instalada contra a vontade de Dilma.
Após o tratamento de cinco meses para combater um câncer na laringe, o ex-presidente patrocinou várias outras articulações para livrar o PT e seu governo do carimbo da corrupção.
"Nunca houve campanha mais infame contra um partido como a que foi feita contra o PT em 2005", insiste ele.
"Eu não fiquei com raiva nem ódio de ninguém, mas quero ser julgado pelo que fiz, e não pelo que não fiz. O que queriam naquela época era o impeachment do Lula", disse Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT saudado por militantes aos gritos de "Delúbio, guerreiro do povo brasileiro", na última terça-feira.
Único expulso do PT após o escândalo - e reintegrado no ano passado -, Delúbio sempre foi o homem da confiança do ex-presidente.
Dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) antes de cuidar do caixa petista, ele entrou na Executiva Nacional do partido puxado por Lula, nos anos 1990. Em 2002, deixou de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados porque o então candidato não quis liberá-lo da tarefa de arrecadar recursos para a campanha. Até hoje os dois são amigos.
O PT soube manter um discurso afinado para blindar Lula na maior crise enfrentada pelo partido e pelo governo. "A questão é que o Lula não era identificado como responsável pelo mensalão", diz o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC.
"Habilidoso, ele conseguiu se distanciar do escândalo, afastando a percepção de que tenha participado desse esquema."
Na prática, Lula saiu ainda mais forte da crise do mensalão. Além de se reeleger em 2006 com quase 61% dos votos, conseguiu fazer Dilma sua sucessora, embora ela nunca tivesse sido candidata antes.
O ex-presidente terminou o segundo mandato com 87% de aprovação pessoal, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em parceria com o Instituto Sensus.
sábado, 28 de julho de 2012
Lula vai à guerra para defender legado
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1 comentários:
O DESESPERO DO CIDADÃO O LEVA A PENSAR EM ANULAR O VOTO.
Eu anulava o meu voto, mesmo não confiando nas urnas eletrônicas – se fossem confiáveis, os Estudos Unidos adotariam o sistema.
Considerando-se o sucesso da cultura da desonestidade, disseminada pelo Partido dos Trabalhadores e coligações, é fato que fica muito fácil – vamos ser claros – o PT roubar os votos nulos em urnas por eles controladas, não se esqueçam de que a máquina pública está loteada: tem um petista em cada posto.
Roubar os votos da oposição talvez seja pouco mais difícil.
Em função do acima exposto, acredito que a estratégia de concentrar os votos na oposição – PROPOSTA DO MOVIMENTO IDEALIZADO POR APOSENTADOS – seja a única maneira de tirar o PT do poder e, com ele, muitos males do brasil.
“É UM TRATAMENTO DE CHOQUE”. “VAI SER UM DEUS NOS ACUDA” PORQUE ELES JÁ CONTAM COM A PERPETUAÇÃO NO PODER.
Vamos tomar as suas cadeiras antes que se tornem perpétuas, sem eleições no país com a ajuda do judiciário. Acham absurdo?
O rolo compressor da corrupção está, até, atropelando a suprema corte de justiça do país.
O lula, pessoalmente, decidiu pela permanência do terrorista italiano, depois do processo passar pelo supremo, lembram-se? Lembram-se também do nome do advogado do cachoeira? Sim! O ministro da justiça do lula.
Ainda há tempo: a classe beneficiada com a queda do PT é, por enquanto, mais numerosa do que os beneficiários das bolsas-escravos-das-urnas.
Quanto à oposição, teremos quatro anos para vigiá-los. O povo vai sair fortalecido desta luta.
A união de esforços para divulgar o movimento é importante para o povo conquistar uma vitória histórica, nas urnas, COMEÇAR UMA NOVA CULTURA POLÍTICA ONDE O POVO, REALMENTE, É PATRÃO E OS POLÍTICOS SEUS FUNCIONÁRIOS.
Expressão de pensamento retirada de textos do movimento: “A REVOLTA DAS BENGALAS E DAS CADEIRAS DE RODAS” que gira na net.
REALIDADE:
HÁ ANOS CONHECEMOS E ANALISAMOS OS PROBLEMAS POLÍTICOS NO BRASIL, MAS NUNCA CONSEGUIMOS A SOLUÇÃO. AS NOSSAS ATITUDES ATÉ AGORA SÓ POTENCIALIZARAM O MAL. O MOVIMENTO DOS APOSENTADOS É A ÚLTIMA SAÍDA.
PENSEN NISSO E DIVULGUEM, O MOMENTO É ESTE.
VAMOS COMEÇAR A ENDIREITAR O BRASIL, ENFRAQUECER o mal – O PT E COLIGAÇÕES – JÁ NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.
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