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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Saldo em queda, risco de bolha e erro da política comercial



por Míriam Leitão



A balança comercial teve em 2009 o pior resultado desde 2002.

O saldo comercial foi o menor em sete anos, de R$ 24,6 bilhões.
O "Estadão" mostrou que desde 1952 as exportações não caem tanto.

Caíram porque o mundo parou de crescer. Importações também caíram porque o Brasil não cresceu. US$ 91 bilhões deixaram de ser importados e exportados.

O ano de 2010 será um pouco diferente, mas saldo comercial será ainda pior. Conversei com empresários, consultores e especialistas. Eles disseram que o Brasil vai importar mais porque vai crescer. Já as exportações continuam difíceis porque muitos mercados na estão ainda a plena carga e o câmbio continua baixo.

Em alguns produtos os preços subiram tanto que compensaram a desvalorização do dólar.

José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB, acha que os preços dessas commodities estão com cara de bolha. Subiram muito e sem justificativa em 2009 os preços de produtos como açúcar (105%), algodão (55%), suco de laranja (90%), cobre (153%, alumínio (81%), zinco (129%).

José Augusto acha que como há muita liquidez e os juros estão baixos, as commodities se transformaram em ativos financeiros.

Só sobem os preços de commodities cotadas em Bolsa. Carne, por exemplo, não é cotada em Bolsa e os preços não cresceram.

Ele acha que o Brasil também pode ter errado em sua política comercial.

Em sete ano do governo Lula nunca foi feita uma única missão empresarial para promover exportações brasileiras para o mercado americano.

Tínhamos superávit com os EUA e agora temos déficit.

As exportação dos EUA era de 25% e caiu para 10%.

O Brasil não deve colocar todos os ovos na mesma cesta, mas não se pode anular clientes tradicionais.

Na CBN

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