por Míriam Leitão
A balança comercial teve em 2009 o pior resultado desde 2002.
O saldo comercial foi o menor em sete anos, de R$ 24,6 bilhões.
O "Estadão" mostrou que desde 1952 as exportações não caem tanto.
Caíram porque o mundo parou de crescer. Importações também caíram porque o Brasil não cresceu. US$ 91 bilhões deixaram de ser importados e exportados.
O ano de 2010 será um pouco diferente, mas saldo comercial será ainda pior. Conversei com empresários, consultores e especialistas. Eles disseram que o Brasil vai importar mais porque vai crescer. Já as exportações continuam difíceis porque muitos mercados na estão ainda a plena carga e o câmbio continua baixo.
Em alguns produtos os preços subiram tanto que compensaram a desvalorização do dólar.
José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB, acha que os preços dessas commodities estão com cara de bolha. Subiram muito e sem justificativa em 2009 os preços de produtos como açúcar (105%), algodão (55%), suco de laranja (90%), cobre (153%, alumínio (81%), zinco (129%).
José Augusto acha que como há muita liquidez e os juros estão baixos, as commodities se transformaram em ativos financeiros.
Só sobem os preços de commodities cotadas em Bolsa. Carne, por exemplo, não é cotada em Bolsa e os preços não cresceram.
Ele acha que o Brasil também pode ter errado em sua política comercial.
Em sete ano do governo Lula nunca foi feita uma única missão empresarial para promover exportações brasileiras para o mercado americano.
Tínhamos superávit com os EUA e agora temos déficit.
As exportação dos EUA era de 25% e caiu para 10%.
O Brasil não deve colocar todos os ovos na mesma cesta, mas não se pode anular clientes tradicionais.
Na CBN
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