OBAMA: UM DISCURSO ABAIXO DAS EXPECTATIVAS, EM QUE A GRANDE PERSONAGEM FOI... JOHN MCCAIN
Por Reinaldo Azevedo
Por Reinaldo Azevedo
Talvez não seja dito no Brasil.
E é difícil que se diga no resto do mundo. O esperado discurso de Barack Obama para 75 mil pessoas foi de uma surpreendente mediocridade.
Como sou em quem diz — e eu “voto” em John McCain —, o meu “surpreendente” se explica assim: sempre me esforço para vê-lo com ao menos metade do entusiasmo que por ele têm alguns amigos queridos, que o tomam como um poderoso símbolo da democracia americana.
A imprensa democrata dos EUA pode até bater bumbo. Mas será que estava ali o Obama que esperavam?
Acho que não.
O candidato democrata deu início a seu discurso saudando o casal Clinton e a família. E foi adiante com a razão de ser de sua candidatura:
“America, we are better than these last eight years. We are a better country than this.”
“América, nós somos melhores do que estes últimos oito anos. Nós somos um país melhor do que isso”.
Ok, vá lá, tem a sua força, mas todo adversário sempre se lança na corrida por isso mesmo, certo?
Ao longo de quase uma hora de discurso, as palavras mais pronunciadas por Obama foram
“John McCain”.
Vá lá que fizesse uma referência ou outra ao adversário: mas foram dezenas. E sempre para contestar alguma afirmação que o republicano fez a seu respeito.
Em vez do candidato da mudança, da esperança, viu-se um Obama reativo, num discurso incrivelmente esgarçado e sem eixo, atirando em todas as direções.
Os republicanos devem estar exultantes.
O Obama que falou na noite desta quinta-feira empurrou a convenção para um anticlímax.
Só para que saibam: muito mais entusiasmadas e, se me permitem, “entiasmantes” foram as palavras do casal Clinton.
Tudo conspira a favor de Obama.
Na noite desta quinta,
ele conspirou contra si mesmo.
Na noite desta quinta,
ele conspirou contra si mesmo.
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