Lula e Marisa no olho do furacão
Enquanto governistas e oposição se enfrentam no caso da CPI dos Cartões Corporativos, parte dos contrários ao Palácio do Planalto decidiu ingressar na Justiça Federal contra esse moderno meio de pagamento, com que muitos tresloucados fizeram a gentileza de farrear. A ação judicial, por estratégia, será protocolada em um dos estados do sul do País, e não em Brasília.No olho do furacão serão lançados o presidente Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia, além dos ministros Paulo Bernardo da Silva (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda). O problema maior está na inserção do nome de Dona Marisa no imbróglio, pois a primeira-dama terá de explicar gastos feitos em seu nome pelos chamados ecônomos palacianos.
Na lista de despesas estão compra de roupas finas, produtos cosméticos em quantidade, aplicações de Botox, idas ao cabeleireiro e mimos milionários aos filhos, noras e netos.
Coisa de nababo
um relógio Santos Dumont, da custosa e refinada marca Cartier, foi comprado na elegante 5ª Avenida pela bagatela de US$ 16 mil (R$ 27,8 mil).
A compra dessa seleta jóia foi realizada às 22h30 (horário local), quando lojas do naipe da Cartier recebem, a portas fechadas, clientes especiais. Mas tudo isso é absolutamente normal, porque o Brasil, segundo dizem alguns populistas de plantão, é o país de todos.
Fortuna na mão
Os gastos injustificáveis com os cartões de crédito corporativos têm sido motivo de dores de cabeça para a equipe palaciana. E é por isso que o presidente Lula da Silva, que chegou ao Palácio do Planalto nos "ombros do povo", tem defendido com tanta veemência o sigilo dos seus gastos. Entre 24 e 28 de janeiro de 2007, durante a participação do presidente-operário no Fórum Econômico Mundial, em Davos, assessores presidenciais realizaram dois saques em dinheiro que totalizaram a bagatela de US$ 109 mil (R$ 190 mil). A operação, realizada por meio de um cartão de crédito com a bandeira do Banco do Brasil, ficou registrada em um banco suíço sob o número 39C895. Nessa viagem à Suíça, o presidente brasileiro se fez acompanhar dos ministros Guido Mantega (Fazenda), Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (à época responsável pela pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Henrique Meirelles (presidente do Banco Central).
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