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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A privataria petista


 
Escrito por Leonardo Bruno
Artigos - Governo do PT
MSM


Rosemary Nóvoa de Noronha, surpreendida com a abordagem da Polícia Federal, ameaçou ligar para o “chefe” dos policiais. Queria dar uma “carteirada”. Percebe-se a petulância da favorita de Lula. Como uma matrona da fazenda, queria dar pito na jagunçada.

Durante os dois mandatos presidenciais de FHC, a propaganda petista inventou uma denominação pejorativa para criticar as privatizações da telefonia, das fornecedoras de energia, das siderúrgicas e outras empresas estatais: a privataria. Foi disseminada a falsa idéia de que privatizar empresas estatais ou terceirizar serviços públicos seria uma espécie de crime de lesa-pátria contra o Estado e a comunidade. Tal ideia, propagada por parte da mídia e pelos formadores de cultura, como universidades e escolas, acabou impregnando a mente da população.

Na prática, porém, as ações do governo foram perfeitamente legítimas. Não havia nada contra a lei em privatizar, já que o Estado e a sociedade ganham em níveis de eficiência e recursos. O governo privatiza e terceiriza para melhorar os serviços à comunidade. E a telefonia é uma concessão pública, como várias outras atividades pelas quais a iniciativa privada realiza serviços públicos. Mas inventou-se a lenda de que as privatizações foram ruins.

Será?

O serviço de telefonia só foi democratizado por causa das vendas de telecomunicações. Na época das estatais, só ricos tinham telefones e celulares. Pagava-se tão caro por uma linha como por um carro. Atualmente os celulares são um artigo comum de qualquer classe social.

Graças às empresas privadas.

Graças às privatizações.

Siderúrgicas falidas hoje são bem mais produtivas. E a Embraer, que estava no vermelho quando era estatal, virou uma empresa brasileira de renome internacional.

Contudo, existe um outro tipo de privatização que é inimigo do poder público. Não é o ônus da iniciativa privada em assumir funções públicas e atos eficientes, em favor da comunidade.

É justamente o contrário, a usurpação descarada do bem público, quando o Estado é usado como bem privado, aos caprichos de partidos, camarilhas, quadrilhas e grupos de poder. Neste aspecto, como nenhum outro partido, o PT conseguiu instalar uma verdadeira “privataria”, no sentido mais corrupto e ilegal do termo. Estatais, ministérios, cargos públicos, tudo virou propriedade do PT. Os bandoleiros socialistas transformaram a corrupção endêmica num direito adquirido.

Dilma Rousseff não deu um carguinho de ministério para comprar o apoio da senadora Marta Suplicy, para dar força à campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo?

O ex-presidente Lula não comprou algumas alminhas através destes mesmos cargos? Roberto Mangabeira Unger dizia que o governo Lula era o mais corrupto da história nacional.

No entanto, certas pessoas têm preço. Tempos depois, Unger aceitou um cargo no mesmo governo que ele declarou corrupto.

E o jornalista da Globo Franklin Martins?

Não virou também ministro, por serviços prestados ao jornalismo chapa vermelha?

E o Mensalão?

Estatais, cargos, prerrogativas, dinheiro do contribuinte, tudo usado em favor de uma quadrilha particular. Ou seja, os bens de um país inteiro nas mãos de uma minoria.

Porém, mais outro caso de corrupção surge na seara política petista.

A descoberta de um novo esquema de propinas, envolvendo a Advocacia Geral da União e o Escritório do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, abre novas portas aos esquemas escusos da privataria petista.

Há algumas cenas curiosas deste caso, que refletem até que ponto o PT se apropriou do Estado brasileiro.

Dilma Rousseff, ao ser informada de um novo escândalo, extinguiu o cargo atribuído à Rosemary Nóvoa de Noronha, pessoa muito próxima do ex-presidente Lula e uma das envolvidas no esquema de corrupção. E mandou fechar o escritório da Presidência.

Em artigo publicado no Mídia Sem Máscara, o jornalista Percival Puggina foi muito feliz em observar como o dinheiro público é jogado na lata do lixo, para favorecer pessoas incompetentes e insignificantes. Para que servia, afinal, o cargo de dona Rosemary?

Aliás, para que a Presidência da República necessitaria de um escritório num dos bairros mais caros de São Paulo? Tudo indica que era para fazer esquemas e engordar os bolsos dos companheiros.

Outra cena estarrecedora
encontrada no local do crime: uma foto do ex-presidente Lula chutando uma bola de futebol, na parede da sala do escritório.

A pergunta que não quer calar é: o escritório era realmente do Estado ou do PT?

O que o ex-presidente Lula estaria fazendo num lugar que é, teoricamente, uma repartição pública?

O Ministério Público de São Paulo pode se revoltar contra crucifixos ou louvações a Deus nas cédulas de real, mas parece fechar os olhos para o culto idolátrico do ex-presidente.



Outro lance, igualmente perverso, reflete a psicologia do PT no governo.

Rosemary Nóvoa de Noronha, surpreendida com a abordagem da Polícia Federal, ameaçou ligar para o “chefe” dos policiais.

Queria dar uma “carteirada”. Percebe-se a petulância da favorita de Lula. Como uma matrona da fazenda, queria dar pito na jagunçada. Para os petistas e seus comparsas, os policiais federais não são funcionários públicos, sujeitos a uma legalidade democrática, dentro de um Estado de Direito.

São capangas, paus mandados de um chefe em Brasília, apaniguados do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Desde que o PT se tornou governo, o Ministério da Justiça serve de advocacia privada do partido. Márcio Thomaz Bastos, o criminalista, fez escola em Brasília...

Quanta insolência, não é mesmo? A Polícia Federal descobriu mais uma falcatrua do PT!

Como eles se atrevem a invadir a intimidade de um escritório da Presidência, já que é uma propriedade privada do partido? Só faltou chamar o outro “chefe”, o ex-presidente Lula.

Como sempre, Lula é o último a saber. Ainda que todos os seus contatos, indicações e amigos próximos sejam incrivelmente corruptos e descarados, ele, coitado, é sempre uma pessoa ingênua e desinformada. Também é “vítima” da enganação.

O problema é que Lula, o suspeito, quando cai na realidade, foge da situação. Já caiu fora do país. Em 2007, ele também deu uma sumida quando o avião da TAM explodiu em Congonhas, São Paulo, e quando a ANAC se encontrava atochada em corrupção.

O ex-presidente ficou caladinho lá, encastelado na Versalhes de concreto, esperando algum resultado satisfatório para se safar.

Não é mera coincidência a de que no governo de Dilma Rousseff, a ANAC seja mais uma vez envolvida em bandalheiras, ameaçando a segurança dos brasileiros nos aeroportos.

Agora dá pra entender as motivações do PT contra as privatizações de estatais. Os petistas querem que o Estado controle tudo, justamente porque não vão perder a boquinha, a mamata governamental.

Eles são o próprio Estado. Lula ou Dilma são versões caricaturais e republicanas de Luís XIV.

E Dona Rosemary Nóvoa, como parte da máquina absolutista da corrupção, já deu o recado aos policiais: L´État C´est moi!

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