José Serra (esq.) acompanhou o governador tucano Geraldo Alckmin, que votou no Colégio Santo Américo, na capital(Foto: Nelson Antoine / Fotoarena)Por Ricardo Setti
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Amigas e amigos do blog, a esta altura da apuração dos votos para a escolha do prefeito da maior cidade do país, São Paulo — já computados 65% do total –, o ex-presidenciável José Serra, o outrora azarão do páreo, está em primeiro lugar, com 31,5% dos votos, 120 mil à frente de seu concorrente no segundo turno, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, com 28,3%.
Celso Russomanno, ex-”repórter” de festas noturnas e bailes de Carnaval, candidato do nanico PRB e do “bispo” Edir Macedo, da Igreja Universal, que liderou as pesquisas de intenção de voto durante meses, está lá longe, com 21,3% dos votos, sem a mais remota chance de chegar ao segundo turno.
O tucano Serra já livra quase 800 mil votos à frente do Menino Malufinho.
A política paulistana volta, assim, a seu curso de já há muitos anos, com um terço do eleitorado — pouco mais ou pouco menos — sempre votando em candidatos tucanos, o mesmo em candidatos petistas e o outro terço se distribuindo, no primeiro turno, entre outros nomes, mesmo aqueles que pertencem à espécie de candidatos profissionais, como Paulinho da Força, o deputado-sindicalista que invariavelmente concorre a alguma coisa (já disputou o governo do Estado e até integrou a chapa de Ciro Gomes como vice em uma das tentativas do ex-governador do Ceará de chegar ao Planalto).
Desta vez, merecidamente, Paulinho está sendo surrado nas urnas de forma impiedosa: até agora, alcançou miseráveis, ridículos 0,6% dos votos.Haddad, que foi votar acompanhado da filha Ana Carolina, vai compor um difícil segundo turno contra Serra
(Foto: Eladio Machado)
No segundo turno, portanto, dar-se-á uma dura disputa — não tenham dúvidas — entre Serra e Haddad.
Durante meses, porém, os eleitores foram bombardeados pelos institutos de pesquisa de intenção de voto com “simulações” de segundo turno em que o Menino Malufinho derrotaria qualquer candidato à sua frente. E eis que ele naufraga feio e nem chega lá.
De que servem, exatamente, essas simulações? — pergunto eu, na minha santa ignorância.07/10/2012
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