Se Sarney cair, ouvi por aqui da boca de governistas apocalípticos que o mundo acaba. Não vai sobrar pedra sobre pedra na seara legislativa de Lula.
A profecia conta que, se Sarney cair, o Senado se transforma num campo de guerra. Haverá sangue e ranger de dentes nas hostes governistas. Festas e rojões entre oposicionistas de plantão.
A primeira batalha, se Sarney cair, se dará na CPI da Petrobras.
Vaticinam os agourentos que os peemedebistas passarão a andar de braços dados com democratas e tucanos. E os petistas sentirão na pele a dor das investigações da CPI.
O passo seguinte, se Sarney cair, será a conquista da cadeira daquele que hoje encarna toda onda de nepotismo na capital. Divididos, os governistas podem ser atacados pelos flancos e perder o domínio do Senado para a oposição.
Sem Sarney, o fim estará próximo. Instalado o clima de terra arrasada, nada mais de interesse do presidente Lula irá prosperar nos campos do Senado. E virão ervas daninhas derrubando vetos presidenciais, causando estragos nos cofres públicos federais.
Na hora do juízo final, Lula condenará os senadores petistas ao fogo do inferno -onde, na verdade, já se sentem hoje, espremidos entre os desejos presidenciais e as cobranças de seus eleitores. E tentará, como seu último milagre, levar sua pupila Dilma Rousseff à terra prometida palaciana.
Como ouço desde pequeno que o mundo vai acabar, e nunca acaba, pelo menos até hoje, não sou de dar ouvidos a esses profetas. Principalmente aqueles que profetizam ameaças para curvar súditos a seus interesses mundanos.
Agora, convenhamos, não é preciso ser profeta para vislumbrar que alguma ruína virá. Quem será a vítima? A confirmar. Como diria um senador condenado ao fogo do inferno, cada um tem o apocalipse que merece. Ele prefere salvar seu mandato ao dos outros.
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