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sábado, 27 de junho de 2009

Irã - Ahmad Khatami quer a morte de alguns dos manifestantes

Aiatolá pede a execução de alguns manifestantes

O linha-dura Ahmad Khatami pediu, em discurso na Universidade do Irã, que algumas das pessoas que participaram dos protestos dos últimos dias sejam punidas "sem piedade"

REDAÇÃO ÉPOCA
Vahid Salemi / AP

LINHA-DURA

Ahmad Khatami discursa na Universidade de Teerã. Ele quer a morte de alguns dos manifestantes

Mais uma vez, a liderança religiosa do Irã usou as preces sagradas da sexta-feira para ameaçar a oposição, que acusa o governo de ter adulterado os resultados da eleição presidencial realizada em 12 de junho, que renovou o mandato de Mahmoud Ahmadinejad por mais quatro anos.

Enquanto no dia 19 o líder supremo aiatolá Ali Khamenei disse que os líderes da oposição seriam “responsáveis pelo derramamento de sangue e pelo caos”, nesta sexta-feira o aiatolá Ahmad Khatami, conhecido por ser um linha-dura, defendeu, em discurso na Universidade de Teerã, punições sem piedade e até a pena de morte para alguns dos manifestantes que foram às ruas nos últimos dias.

“Qualquer um que pega em armas para lutar contra as pessoas merece a execução”, afirmou, acrescentando que quem destruiu propriedades públicas “está em guerra com Deus” e deve ser punido “sem misericórdia”.

As palavras de Ahmad Khatami refletem a dura repressão que o governo iraniano instalou nos últimos dias, diante de protestos cada vez maiores. Com a milícia islâmica Basij atuando ao lado da polícia, os protestos diminuíram nos últimos dias. Dos três candidatos que disputaram a eleição, dois continuam contestando os resultados.

Mehdi Karroubi, que ficou conhecido como o Obama do Irã, disse que vai atuar pelos meios legais” para tentar anular a eleição. Já Mir Hossein Mousavi, em torno de quem a oposição a Ahmadinejad se uniu, afirmou na quinta-feira (25) que “não desistiria nem por um segundo” de contestar os resultados.

Diante da forte repressão, no entanto, ele afirmou que vai pedir permissão para futuras manifestações na rua.

"Não levo a sério o pedido do senhor Ahmadinejad sobre desculpas, particularmente dado que os EUA saíram do caminho para não interferir no processo eleitoral do Irã", disse Obama.

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