Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Dilma compara excesso de escutas da Abin às ações da Gestapo nazista.

Muito bem lembrado!

Na mesma linha de pensamento de Dilma Roussef vale recordar que também se pode comparar a ABIN e seus grampos à KGB, agência de informação e segurança da antiga URSS, que desempenhava as funções de polícia secreta do governo soviético.

Pois bem, e por que cargas d´ água o governo Lula que se diz um representante da verdadeira democracia tem a seu serviço um órgão de segurança - ABIN- que está a lembrar a GESTAPO ou a KGB dos governos policialescos mais cruéis e tirânicos da história, quais sejam os de Hitler e Stalin?

Será que nós estamos todos dormitando?

Acorda, Brasil!

por Mara Montezuma
Comentário

por Rivadávia Rosa

Atenta e oportuna MARA a ministra DILMA sabe muito bem o que diz - mas o diretor da ABIN é uma pessoa séria e competente, por isso admito a hipótese, uma vez descartada a 'mosca azul', de o 'grampo' ter sido feito por algum integrante das hostes petistas, vinculada ao 'partido organizado'.

O MODUS OPERANDI do fascio - FASCISMO no aparelho do Estado é exatamente o que estamos assistindo, alguns estupidificamente. CITO quem estudou a fundo fenômeno - ROBERT O. PAXTON (in A Anatomia do Fascismo.

São Paulo: Paz e Terra, 2007, p. 200-2001):
"... tanto na Itália quanto na Alemanha, essas lutas oscilaram entre acirramento e amenização, com resultados variados.

Enquanto o regime fascista italiano decaiu, cedendo espaço para um poder autoritário e conservador, a Alemanha nazista se radicalizou a ponto de chegar a uma situação de licenciosidade irrefreada.

Mas os regimes fascistas nunca foram estáticos. Temos que ver seu domínio como uma infindável luta pela primazia interna a uma coalizão, exacerbada pelo colapso das restrições constitucionais e do estado de direito, e acirrada por um clima de generalizado darwismo social.
Alguns comentaristas reduziram essa luta a um conflito entre o partido e o Estado. Uma das primeiras e mais sugestivas interpretações do conflito partido-Estado foi a ilustração fornecida pelo acadêmico refugiado Ernst Fraenkel, da Alemanha nazista como um "Estado dual".

Segundo Fraenkel, no regime de Hitler, um "Estado normativo", constituído pelas autoridades legalmente constituídas e pelo serviço público tradicional, disputava o poder com o "Estado prerrogativo", formado pelas organizações paralelas do partido.(Ernst Fraenkel, The Dual State. Nova York: Oxford, 1941).

A percepção de Fraenkel é fecunda e me calcarei nela.
De acordo com o modelo de governança nazista proposto por Fraenkel, o segmento "normativo" do regime fascista continuou a aplicar a lei em conformidade com o devido processo legal, e os funcionários desse setor eram selecionados e promovidos com base nas normas burocráticas de competência e antiguidade.

No setor "prerrogativo", ao contrário, nenhuma regra se aplicava, com a exceção dos caprichos do governante, da gratificação dos militantes do partido e do suposto "destino" do Volk, da razza, ou do povo eleito.

O Estado normativo e o Estado prerrogativo coexistiam numa cooperação conflituosa, embora mais ou menos competente, conferindo ao regime sua bizarra mistura de legalismo

(A coexistência, no regime nazista, de grande meticulosidade jurídica e de ilegalidade ostensiva jamais deixa de provocar espanto. Ainda em dezembro de 1938, alguns judeus vítimas de violência nazista individual e não autorizada, conseguiram fazer que seus agressores fossem presos pela polícia alemã e punidos por tribunais alemães, justo no momento em que crescia a violência autorizada contra os judeus.


C
omo relembrou um sobrevivente, anos depois, "os crimes não oficiais era proibidos no Terceiro Reich". Erich A. Johnson, Nazi Terror: The Gestapo, Jews, and Ordinary Germans, Nova York: Basic Books, 1999, p. 124-5) e de violência arbitrária."

ENFIM - trata-se do DNA.

0 comentários: