Além do presidente, também a governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB-RS) foi recepcionada com apupos, informa a repórter Simone Iglesias (só para assinantes da Folha). Leia no Blog do Josias
O ministro da Justiça, Tarso Genro, fez uma dura cobrança ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, na última terça.
Motivo:
a publicação naquele dia de reportagem da Folha com o título "Para delegado da PF, Casa Civil fez dossiê".
Tarso quis enquadrar a PF, para que a investigação não fuja ao controle do governo. O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) avaliam que a reportagem indicou que a apuração da PF tende a provocar dano político ao governo.
No caso, à própria Dilma.
Veja – O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que fazer dossiês com fins políticos não é crime. Como o senhor analisa essa declaração?
Mendes – Fazer coleta de informações às quais eu tenho acesso simplesmente porque estou no governo, para uma finalidade política eventualmente de constrangimento ou de chantagem, pode não ser crime. Mas certamente não é uma atitude eticamente louvável.
É uma atitude preocupante, que revela uma concepção autoritária e certo patrimonialismo.
Embute-se nela o entendimento de que as informações que estão ao meu alcance pelo fato de eu estar no governo, o que é circunstancial, podem ser usadas para as finalidades que eu entender devidas. Isso é preocupante.
Se alguém pensa assim, talvez tenha de repensar seu conceito de democracia. Talvez essa pessoa esteja lendo muito Lenin e Trotsky – e deveria ler mais Popper (Karl Popper, filósofo inglês nascido na Áustria, o maior defensor teórico da democracia liberal).
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