Operação Navalha
O empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, esteve no gabinete de Silas Rondeau (Minas e Energia) duas semanas antes do suposto pagamento de R$ 120 mil ao então ministro, de acordo com relatório da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.
Segundo o documento da PF, elaborado como resultado da operação Navalha, Zuleido e Sérgio Sá, lobista da Gautama, foram ao gabinete de Rondeau tratar de um aditivo a um contrato da Cepisa (estatal de energia do Piauí) com a empreiteira, que venceu licitação de uma obra no âmbito do programa Luz para Todos.
O projeto seria financiado pela Eletrobrás, subordinada ao Ministério de Minas Energia.
A PF relata que a reunião entre Zuleido, Sá e Rondeau teria ocorrido no dia 27 de fevereiro do ano passado. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo , o relatório da PF é a base da denúncia que deve ser oferecida pelo Ministério Público Federal nos próximos dias contra os 42 indiciados na operação Navalha, que desbaratou a quadrilha chefiada por Zuleido, envolvida numa série de fraudes em licitações de obras públicas.
Zuleido, ’homem de negócios’ com vários partidos
BRASÍLIA - Nos corredores do Congresso, o empreiteiro Zuleido Veras, dono da Gautama, é um homem popular. O empresário paraibano preso pela Operação Navalha circulava com desenvoltura por Brasília. Com um bigode vistoso, ganhou o apelido de "Charles Bronson do Nordeste", numa comparação com o ator de filmes de ação. Zuleido começou sua carreira como o principal executivo da empreiteira OAS em Brasília, no final dos anos 80. Leia: O Globo
por Gerson Camarotti
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