A Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que um surto de dengue atinge 15 bairros. As autoridades confirmaram 6.027 casos da doença desde o início do ano na capital - 14 são do tipo hemorrágica. A doença matou dez pessoas na região metropolitana do Rio.
O descaso e incompetência com o Rio de Janeiro chegaram a tal ponto que Edu Valverde confessa nesta divertida crônica:
Sempre odiei mosquitos.
Deitar com a presença e a possibilidade de zumbidos no meu ouvido não me deixa dormir.
Além da raiva que eu sinto quando acordo e vejo que fui mordido. Me sinto furtado, roubado, violentado.
Por tudo isso, sempre travei batalhas épicas com os mosquitos do meu quarto, acredite, sempre tem pelo menos um todas as noites, às vezes até 3 ou 4, e até mesmo o dia em que um simpático mosquito da dengue apareceu.
Juro que era da dengue, era pretinho com bolinhas brancas, igual do comercial.
Foi nesse dia que tomei a decisão de abandonar meu par de sandálias havaianas e me armar de verdade para as batalhas.
Minha primeira providência foi comprar um spray anti-mosquito da Baygon (que mata rápido), mas o negócio nunca matava os bichos, somente os fazia sair voando.
Semi-eficaz.
Passando por uma loja de traquinagem vi um conceito interessante, um troço que você coloca na tomada que faz um barulho que só os mosquitos escutam, que faz eles fugirem. Comprei, 7 reais.
Coloquei o troço. Primeiro, só os mosquitos que ouvem é o caralho, a parada tem um zumbido irritante. Fui ler o manual e ali dizia que esse é o som que os machos fazem quando querem atrair as fêmeas, e que as fêmeas só se alimentam de sangue quando estão com ovinhos, e elas fogem dos machos quando estão prenhas, e que só as fêmeas é que se alimentam de sangue.
Não sei porque mas a expressão “bull shit” ficou voando na minha cabeça. Essa parada me soou muito forçação de barra, muito “conveniente”. Essa porra deve ser caô.
E é, porque a parada se mostrou completamente ineficaz, os mosquitos voavam livremente, inclusive bem perto do negócio. E a parada só servia pra irritar meus ouvidos. Lixo.
O próximo passo foi comprar o Raid Elétrico. Ah muleque, agora sim, essa parada é cara, mas nunca mais vai aparecer mosquito aqui em casa.
É ruim, hein. Porra nenhuma. Tem tanto mosquito quanto antes.
Cansado e desiludido. Os mosquitos deviam estar festejando durante o dia minhas tentativas frustradas de ataque.
Foi quando um dia passando pela Casa&Vídeo reparei num conceito muitíssimo interessante. Uma raquete elétrica a pilhas! Você aperta o botão e a raquete dá choque. Sim!
A partir desse dia foi uma alegria só. Muitos mosquitos eletrocutados, ainda era difícil encontrá-los, mas uma vez voando lentos no ar eram alvos fáceis. Juro que meus instintos assassinos (todo mundo tem, tá) estavam sendo saciados com a raquete, minha mais nova amiga.
Foi quando um dia chegando em casa, liguei a luz do meu quarto e vi minha cadeira girando em minha direção. Quatro mosquitinhos estavam sentados de pernas cruzadas, um fumando um charuto, me apontaram a cadeira de estudar.
- Sente-se, Eduardo.
O descaso e incompetência com o Rio de Janeiro chegaram a tal ponto que Edu Valverde confessa nesta divertida crônica:
"- Sinto-me furtado, roubado, violentado."
Mosquito
Sempre odiei mosquitos.
Deitar com a presença e a possibilidade de zumbidos no meu ouvido não me deixa dormir.
Além da raiva que eu sinto quando acordo e vejo que fui mordido. Me sinto furtado, roubado, violentado.
Por tudo isso, sempre travei batalhas épicas com os mosquitos do meu quarto, acredite, sempre tem pelo menos um todas as noites, às vezes até 3 ou 4, e até mesmo o dia em que um simpático mosquito da dengue apareceu.
Juro que era da dengue, era pretinho com bolinhas brancas, igual do comercial.
Foi nesse dia que tomei a decisão de abandonar meu par de sandálias havaianas e me armar de verdade para as batalhas.
Minha primeira providência foi comprar um spray anti-mosquito da Baygon (que mata rápido), mas o negócio nunca matava os bichos, somente os fazia sair voando.
Semi-eficaz.
Passando por uma loja de traquinagem vi um conceito interessante, um troço que você coloca na tomada que faz um barulho que só os mosquitos escutam, que faz eles fugirem. Comprei, 7 reais.
Coloquei o troço. Primeiro, só os mosquitos que ouvem é o caralho, a parada tem um zumbido irritante. Fui ler o manual e ali dizia que esse é o som que os machos fazem quando querem atrair as fêmeas, e que as fêmeas só se alimentam de sangue quando estão com ovinhos, e elas fogem dos machos quando estão prenhas, e que só as fêmeas é que se alimentam de sangue.
Não sei porque mas a expressão “bull shit” ficou voando na minha cabeça. Essa parada me soou muito forçação de barra, muito “conveniente”. Essa porra deve ser caô.
E é, porque a parada se mostrou completamente ineficaz, os mosquitos voavam livremente, inclusive bem perto do negócio. E a parada só servia pra irritar meus ouvidos. Lixo.
O próximo passo foi comprar o Raid Elétrico. Ah muleque, agora sim, essa parada é cara, mas nunca mais vai aparecer mosquito aqui em casa.
É ruim, hein. Porra nenhuma. Tem tanto mosquito quanto antes.
Cansado e desiludido. Os mosquitos deviam estar festejando durante o dia minhas tentativas frustradas de ataque.
Foi quando um dia passando pela Casa&Vídeo reparei num conceito muitíssimo interessante. Uma raquete elétrica a pilhas! Você aperta o botão e a raquete dá choque. Sim!
Máquina de fritar insetos!
A partir desse dia foi uma alegria só. Muitos mosquitos eletrocutados, ainda era difícil encontrá-los, mas uma vez voando lentos no ar eram alvos fáceis. Juro que meus instintos assassinos (todo mundo tem, tá) estavam sendo saciados com a raquete, minha mais nova amiga.
Foi quando um dia chegando em casa, liguei a luz do meu quarto e vi minha cadeira girando em minha direção. Quatro mosquitinhos estavam sentados de pernas cruzadas, um fumando um charuto, me apontaram a cadeira de estudar.
- Sente-se, Eduardo.
Leia mais aqui: Blog do Edu Valverde
Caô é o Governo do Estado do Rio de Janeiro! Lixo...!
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